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Definições



curso

A forma cursopode ser [primeira pessoa singular do presente do indicativo de cursarcursar] ou [nome masculino].

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cursocurso
( cur·so

cur·so

)


nome masculino

1. Movimento em determinada direcção. = CARREIRA, PERCURSO

2. Circulação.

3. Marcha.

4. Evolução.

5. Série de lições sobre uma matéria.

6. Conjunto de matérias que fazem parte de um estudo.

7. Direcção.

8. Percurso.

9. Carreira; duração.

10. [Medicina] [Medicina] Evacuação intestinal. (Mais usado no plural.)


curso profissional

Curso frequentado pelos aprendizes das empresas particulares a fim de neles receberem um complemento de formação geral e de formação técnica.

de longo curso

Que se destina a percorrer grandes distâncias (ex.: avião de longo curso; comboio de longo curso; viagem de longo curso).

em curso

A decorrer ou em andamento (ex.: está em curso uma obra importante; não comento as investigações em curso).

etimologiaOrigem etimológica:latim cursus, -us, corrida, marcha, viagem, percurso, rumo.
Confrontar: corso.
cursarcursar
( cur·sar

cur·sar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Atravessar um espaço; andar através de um espaço. = PERCORRER

2. Alcançar.

3. Percorrer uma grande massa de água (ex.: cursaram mares desconhecidos). = CRUZAR, NAVEGAR, SULCAR

4. Ir regularmente e muitas vezes a um local. = FREQUENTAR

5. Seguir um curso ou um programa de estudos (ex.: queria cursar Medicina). = ESTUDAR

6. [Medicina] [Medicina] Ocorrer ou desenvolver-se acompanhado de algo (ex.: a malária pode cursar com graves complicações cerebrais, renais, pulmonares, hematológicas, circulatórias e hepáticas).


verbo intransitivo

7. Soprar (o vento).

8. Correr.

etimologiaOrigem etimológica:latim curso, -are, correr com frequência, correr por aqui e por ali.
cursocurso

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Anagramas



Dúvidas linguísticas



Qual a forma correta para o plural: a) Durante os fins de semana... b) Durante os finais de semana...?
Fins de semana é o plural da locução fim de semana (os dicionários portugueses registam a forma hifenizada fim-de-semana e os brasileiros dão preferência à locução) e finais de semana é a forma plural da locução final de semana, pelo que ambos estão correctos.



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).