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regulardes

A forma regulardespode ser [segunda pessoa plural do futuro do conjuntivo de regularregular] ou [segunda pessoa plural infinitivo flexionado de regularregular].

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regular1regular1
( re·gu·lar

re·gu·lar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Estabelecer regras ou regulamento para. = REGRARDESREGRAR, DESREGULAR

2. Agir ou dirigir segundo o espírito do regulamento. = REGRARDESREGRAR, DESREGULAR

3. Conter dentro de certos limites. = CONTROLAR, LIMITAR, MODERAR

4. Regularizar o movimento de. = ACERTAR, AJUSTARAVARIAR, DESACERTAR, DESAJUSTAR, DESREGULAR

5. Custar pouco mais ou menos; ter mais ou menos o preço de. = ORÇAR, VALER


verbo transitivo e pronominal

6. Fazer seguir ou ter determinada orientação. = DIRIGIR, GUIAR, NORTEAR, ORIENTAR


verbo intransitivo

7. Mover-se ou trabalhar regular e convenientemente.AVARIAR

8. Ter determinado equilíbrio ou funcionamento mental (ex.: ele regula mal).

etimologiaOrigem etimológica: latim regulo, -are, dirigir.
regular2regular2
( re·gu·lar

re·gu·lar

)


adjectivo de dois génerosadjetivo de dois géneros

1. Conforme às regras ou leis. = NORMALANORMAL, IRREGULAR

2. Que segue as leis, as regras ou os costumes.ILEGAL, IRREGULAR

3. Bem proporcionado. = HARMONIOSODESARMONIOSO, DESPROPORCIONAL, IRREGULAR

4. Exacto, pontual.

5. Nem grande, nem pequeno. = MEDIANO, MÉDIO

6. Que não tem grandes variações. = CERTO, CONSTANTE, UNIFORMEINCERTO, INCONSTANTE, IRREGULAR, VARIÁVEL

7. Que não tem interrupções. = CONTÍNUODESCONTÍNUO, IRREGULAR

8. Que não tem anomalias ou irregularidades. = NORMALANORMAL, IRREGULAR

9. Que se repete a intervalos iguais. = CERTOIRREGULAR

10. [Geometria] [Geometria] Diz-se de figura geométrica cujos lados e ângulos são iguais.

11. [Gramática] [Gramática] Que segue as regras gerais de flexão, de conjugação ou do paradigma (ex.: verbo regular).

12. [Religião] [Religião] Que vive numa comunidade ou ordem religiosa (ex.: clero regular). = REGRANTESECULAR


nome masculino

13. O que é segundo as leis, as regras, as praxes, os costumes ou os hábitos.

etimologiaOrigem etimológica: latim regularis, -e, que serve de regra, canónico, em barra.
regulardesregulardes

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Anagramas



Dúvidas linguísticas



Ouve-se em certos telejornais expressões como a cujo ou em cujo; contudo gostaria de saber se gramaticalmente a palavra cujo pode ser antecedida de preposição.
O uso do pronome relativo cujo, equivalente à expressão do qual, pode ser antecedido de preposição em contextos que o justifiquem, nomeadamente quando a regência de alguma palavra ou locução a tal obrigue. Nas frases abaixo podemos verificar que o pronome está correctamente empregue antecedido de várias preposições (e não apenas a ou em) seleccionadas por determinadas palavras (nos exemplos de 1 e 2) ou na construção de adjuntos adverbiais (nos exemplos de 3 e 4):

1) O aluno faltou a alguns exames. O aluno reprovou nas disciplinas a cujo exame faltou. (=O aluno reprovou nas disciplinas ao exame das quais faltou);
2) Não haverá recurso da decisão. Os casos serão julgados pelo tribunal, de cuja decisão não haverá recurso. (=Os casos serão julgados pelo tribunal, dadecisão do qual não haverá recurso);
4) Houve danos em algumas casas. Os moradores em cujas casas houve danos foram indemnizados. (=Os moradores nas casas dos quais houve danos foram indemnizados);
5) Exige-se grande responsabilidade para o exercício desta profissão. Esta é uma profissão para cujo exercício se exige grande responsabilidade. (=Esta é uma profissão para o exercício da qual se exige grande responsabilidade).




Tenho uma dúvida: a gramática da língua portuguesa não diz que um advérbio antes do verbo exige próclise? Não teria de ser "Amanhã se celebra"?
Esta questão diz respeito a uma diferença, sobretudo no registo coloquial, entre as variedades europeia e brasileira do português, que, com a natural evolução da língua, se foram distanciando relativamente a este fenómeno linguístico. No que é considerado norma culta (portuguesa e brasileira), porém, sobretudo na escrita, e em registo formal, ainda imperam regras da gramática tradicional ou normativa, fixas e pouco permissivas.

No português de Portugal, se não houver algo que atraia o pronome pessoal átono, ou clítico, para outra posição, a ênclise é a posição padrão, isto é, o pronome surge habitualmente depois do verbo (ex.: Ele mostrou-me o quadro); os casos de próclise, em que o pronome surge antes do verbo (ex.: Ele não me mostrou o quadro), resultam de condições particulares, como as que são referidas na resposta à dúvida posição dos clíticos. Nessa resposta sistematizam-se os principais contextos em que a próclise ocorre na variante europeia do português, sendo um deles a presença de certos advérbios ou locuções adverbiais, como ainda (ex.: Ainda ontem as vi), (ex.: o conheço bem), oxalá (ex.: Oxalá se mantenha assim), sempre (ex.: Sempre o conheci atrevido), (ex.: lhes entreguei o documento hoje), talvez (ex.: Talvez te lembres mais tarde) ou também (ex.: Se ainda estiverem à venda, também os quero comprar). Note-se que a listagem não é exaustiva nem se aplica a todos os advérbios e locuções adverbiais, pois como se infere a partir de pesquisas em corpora com advérbios como hoje (ex.: Hoje decide-se a passagem à final) ou com locuções adverbiais como mais tarde (ex.: Mais tarde compra-se outra lente), a tendência na norma europeia é para a colocação do pronome após o verbo. A ideia de que alguns advérbios (e não a sua totalidade) atraem o clítico é aceite até por gramáticos mais tradicionais, como Celso Cunha e Lindley Cintra, que referem, na página 313 da sua Nova Gramática do Português Contemporâneo, que a língua portuguesa tende para a próclise «[...] quando o verbo vem antecedido de certos advérbios (bem, mal, ainda, já, sempre, só, talvez, etc.) ou expressões adverbiais, e não há pausa que os separe».

No Brasil, a tendência generalizada, sobretudo no registo coloquial de língua, é para a colocação do pronome antes do verbo (ex.: Ele me mostrou o quadro). Daí a relativa estranheza que uma frase como Amanhã celebra-se o Dia Mundial do Livro possa causar a falantes brasileiros que produzirão mais naturalmente um enunciado como Amanhã se celebra o Dia Mundial do Livro. O gramático brasileiro Evanildo Bechara afirma, na página 589 da sua Moderna Gramática Portuguesa, que «Não se pospõe pronome átono a verbo modificado diretamente por advérbio (isto é, sem pausa entre os dois, indicada ou não por vírgula) ou precedido de palavra de sentido negativo.». Contrariamente a Celso Cunha e Lindley Cintra, Bechara propõe um critério para o uso de próclise que parece englobar a totalidade dos advérbios. Resta saber se se trata de um critério formulado a partir do tendência brasileira para a próclise ou de uma extensão da regra formulada pela gramática tradicional. Estatisticamente, porém, é inequívoca a diferença de uso entre as duas normas do português.