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cultos

A forma cultosé [masculino plural de cultoculto].

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culto1culto1
( cul·to

cul·to

)


nome masculino

1. [Religião] [Religião] Forma pela qual se presta homenagem a uma divindade ou a uma entidade muito respeitada (ex.: culto mariano).

2. [Religião] [Religião] Conjunto das cerimónias religiosas. = RITO, RITUAL

3. [Religião] [Religião] Acto religioso nas igrejas protestantes.

4. [Religião] [Religião] Forma externa de qualquer religião.

5. [Figurado] [Figurado] Manifestação de grande respeito (ex.: culto dos mortos). = HOMENAGEM, PREITO, REVERÊNCIA

6. Grande admiração ou amor intenso (ex.: culto da justiça). = ADORAÇÃO, VENERAÇÃODESADORAÇÃO, DESVENERAÇÃO, IRREVERÊNCIA


culto da personalidade

Promoção de um líder ou chefe de Estado até à idolatria.

Admiração excessiva de alguém por si próprio.

etimologiaOrigem etimológica:latim cultus, -us, cultura da terra, amanho, educação, cultura, civilização, costumes, respeito, adoração.
culto2culto2
( cul·to

cul·to

)


adjectivoadjetivo

1. Que se lavrou ou plantou. = AMANHADO, CULTIVADOBALDIO, INCULTO, MANINHO

2. Que revela conhecimento sistematizado ou erudição (ex.: leitor culto). = CULTIVADO, ERUDITO, ILUSTRADOINCULTO, IGNORANTE, RUDE

3. Que é transmitido através de texto escrito ou do discurso de elites instruídas (ex.: latim culto; norma culta). = ERUDITOPOPULAR

4. Que é feito com esmero ou preocupação formal (ex.: estilo culto; texto culto). = CUIDADO, ESMERADO, POLIDO

etimologiaOrigem etimológica:latim cultus, -a, -um, particípio passado de colo, -ere, cultivar, habitar, cuidar de, tratar de, proteger.

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Traduzir "cultos" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



A utilização da expressão à séria nunca foi tão utilizada. Quanto a mim esta expressão não faz qualquer sentido. Porque não utiliz am a expressão a sério?
A locução à séria segue a construção de outras tantas que são comuns na nossa língua (junção da contracção à com uma substantivação feminina de um adjectivo, formando locuções com valor adverbial): à antiga, à portuguesa, à muda, à moderna, à ligeira, à larga, à justa, à doida, etc.

Assim, a co-ocorrência de ambas as locuções pode ser pacífica, partindo do princípio que à séria se usará num contexto mais informal que a sério, que continua a ser a única das duas que se encontra dicionarizada. Bastará fazer uma pesquisa num motor de busca na internet para se aferir que à séria é comummente utilizada em textos de carácter mais informal ou cujo destinatário é um público jovem; a sério continua a ser a que apresenta mais ocorrências (num rácio de 566 para 31800!).




Seria possível esclarecerem-me quanto à seguinte dúvida? Diz-se impresso / imprimido? E morto / morrido / matado?
Sei que só se pode usar cada uma das conjugações com uma forma dos verbos ser / estar / ter (este último não tenho a certeza). Com quais formas posso usar? Qual a regra gramatical?
Apesar de desconhecida por grande parte dos falantes, existe uma regra da gramática tradicional que estipula que os particípios irregulares (ex.: impresso, morto, pago, salvo) devem ser utilizados com os verbos ser e estar (ex.: o documento foi impresso e ele foi morto) e os regulares (geralmente terminados em -ado ou -ido) com os verbos ter e haver (ex.: ela tinha imprimido o documento e ele disse que tinha matado o coelho). Citando Lindley Cintra e Celso Cunha, “de regra, a forma regular emprega-se na constituição dos tempos compostos da VOZ ACTIVA, isto é, acompanhada dos auxiliares ter ou haver; a irregular usa-se, de preferência, na formação dos tempos da VOZ PASSIVA, ou seja acompanhada do auxiliar ser.” *

No entanto, verifica-se uma tendência para o uso exclusivo de uma das formas do particípio, como é o caso de pago, ganho, gasto e entregue, que se utilizam com qualquer um dos verbos auxiliares, em detrimento da existência de formas participiais regulares (ex.: tinha entregue a encomenda, eles têm gasto muito dinheiro, etc.).

Existe uma falta de concordância entre obras lexicográficas no que diz respeito a esta questão. Se há autores que registam certos verbos como detentores de duplos particípios, outros, para os mesmos verbos, registam apenas as formas regulares. É o caso, por exemplo, de exaurir. Alguns autores referem exausto e exaurido como particípio de exaurir, mas outros registam apenas a segunda forma.

No que diz respeito aos particípios morto, morrido e matado, estes não são todos referentes ao mesmo verbo. Morto e matado são particípios de matar (ex.: ele foi morto pelo exército inimigo e ela tinha matado a mosca); morrido é particípio de morrer (ex.: tinha morrido há mais de dois anos).

* Cunha, Celso, Lindley Cintra, Nova Gramática do Português, 14.ª ed., Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 441. A regra prevê, no entanto, excepções, como no caso do verbo imprimir: “Imprimir possui duplo particípio quando significa «estampar», «gravar». Na acepção de «produzir movimento», «infundir», usa-se apenas o particípio em -ido. Dir-se-á, por exemplo: Este livro foi impresso em Portugal. Mas, por outro lado: Foi imprimida enorme velocidade ao carro." (Celso Cunha & Lindley Cintra, Op. cit., p. 442).