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boladas

A forma boladaspode ser [feminino plural de boladabolada] ou [feminino plural particípio passado de bolarbolar].

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bolar1bolar1
( bo·lar

bo·lar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Acertar (no alvo) com a bola. = SERVIR

2. Atingir com bola.

3. Dar a forma de bola a. = ABOLAR, BOLEAR

4. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Conceber, inventar (ex.: bolei um plano fantástico).

5. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Compreender, entender (ex.: você bolou alguma coisa do que ela escreveu?).


verbo intransitivo

6. [Portugal] [Portugal] [Desporto] [Esporte] Colocar a bola em jogo, lançando-a por cima da rede para o campo do adversário em jogos como o ténis ou o voleibol. = SERVIR

7. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Ter sucesso ou lucro; ser bem-sucedido. = ACERTAR

etimologiaOrigem etimológica:bola + -ar.

bolada1bolada1
( bo·la·da

bo·la·da

)


nome feminino

1. Impulso dado à bola.

2. Pancada com bola (ex.: levar uma bolada na cara).

3. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Ocasião, oportunidade.

4. [Artilharia] [Artilharia] Parte do canhão entre a boca e os munhões.


desta bolada

[Informal] [Informal] Desta vez.

etimologiaOrigem etimológica:bola + -ada.

bolar2bolar2
( bo·lar

bo·lar

)


adjectivo de dois génerosadjetivo de dois géneros

Diz-se da terra argilosa, também chamada bolo-arménio.

etimologiaOrigem etimológica:bolo + -ar.

bolada2bolada2
( bo·la·da

bo·la·da

)


nome feminino

1. Aposta de diversas pessoas no jogo. = BOLÃO, BOLO

2. Prémio que corresponde a um grande valor em dinheiro. = BOLÃO, BOLO

3. Apropriação indevida de valores. = DESFALQUE, PREJUÍZO, ROMBO

etimologiaOrigem etimológica:bolo + -ada.

boladasboladas

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Dúvidas linguísticas



Estava com dúvida quanto à escrita do algarismo 16, e procurando resposta no site, fiquei com mais dúvida ainda: dezesseis ou dezasseis? E porquê?
O algarismo 16 pode escrever-se de duas formas: dezasseis é a forma usada em Portugal e dezesseis a forma usada no Brasil. A forma com e aparenta ser a mais próxima da etimologia: dez + e + seis; a forma com a é uma divergência dessa. Esta dupla grafia, cuja razão exacta se perde na história da língua, verifica-se também com os números 17 (dezassete/dezessete) e 19 (dezanove/dezenove).




Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).