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calozitos

A forma calozitosé [derivação masculino plural de calocalo].

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calo1calo1
( ca·lo

ca·lo

)


nome masculino

1. Endurecimento córneo da pele, geralmente causado por compressão ou atrito regulares (ex.: já tem um calo no dedo de tanto escrever; remoção de calos). = CALOSIDADE

2. [Medicina] [Medicina] Endurecimento nos ossos fracturados (ex.: calo ósseo).

3. [Botânica] [Botânica] Endurecimento formado à volta de cortes ou enxertos feitos em algumas plantas (ex.: calos embriogénicos; crescimento de calos de videira).

4. [Zoologia] [Zoologia] Saliência mais ou menos arredondada do corpo de alguns insectos.

5. [Pouco usado] [Pouco usado] Extremidade dos ramos da ferradura.

6. [Figurado] [Figurado] Endurecimento emocional ou indiferença, geralmente resultantes da exposição habitual a situações problemáticas ou dolorosas (ex.: a gente foi ganhando calo mental para lidar com situações desagradáveis deste tipo). = DUREZA, FRIEZA, INSENSIBILIDADE

7. [Figurado] [Figurado] Conhecimento ou destreza decorrentes da prática ou da experiência (ex.: ainda lhes falta muito calo para chegarem ao topo).


apertar os calos

[Informal] [Informal] Fazer uma advertência ou uma crítica, geralmente em tom firme (ex.: a oposição apertou os calos ao executivo).

pisar os calos

[Informal] [Informal] Irritar ou ofender (ex.: sentiu que já lhe estavam a pisar os calos e respondeu na mesma moeda).

etimologiaOrigem etimológica:latim callum, -i.
Confrontar: caló.
calo2calo2
( ca·lo

ca·lo

)


nome masculino

[Brasil: Pernambuco, Informal] [Brasil: Pernambuco, Informal] Dívida que não se pagou ou não se tenciona pagar (ex.: pregar um calo). = CALOTE

etimologiaOrigem etimológica:derivação regressiva de calote.
Confrontar: caló.


Dúvidas linguísticas



Não será a palavra revivalismo portuguesa? Porque não existe no dicionário? Será um estrangeirismo? Mas quantos não foram já "absorvidos" por tão correntes no português escrito e falado?
A palavra revivalismo, apesar de não se encontrar na nomenclatura do Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, encontra-se registada noutros dicionários de língua portuguesa como, por exemplo, o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea (Academia das Ciências de Lisboa/Verbo, Lisboa, 2001). Deriva da palavra inglesa revivalism e refere-se ao ressurgimento de ideias, modas ou tendências que fizeram parte do passado.



Qual a forma correcta para as seguintes expressões (de ou em): saia de/em ganga; colete de/em seda; camisa de/em algodão.
Do ponto de vista linguístico, as expressões apontadas (saia em ganga ou saia de ganga, colete em seda ou colete de seda, camisa em algodão ou camisa de algodão) estão correctas, pois ambas as preposições de ou em podem ser utilizadas para indicar a matéria que constitui algo. Esta informação sobre o uso das preposições nestas expressões pode ser atestada em obras de referência para o português, nomeadamente em dicionários gerais de língua como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa (Lisboa: Editorial Verbo, 2001) ou o Grande Dicionário Língua Portuguesa (Porto: Porto Editora, 2004).

Alguns autores, por vezes denominados puristas da língua, consideram erróneo o uso da preposição em para indicar matéria, com o único argumento de que se trata de uma construção típica do francês. Sendo o francês uma língua românica como o português, esta comparação parece ser insuficiente para desaconselhar o seu uso. A par deste facto, esta utilização da preposição em tem curso generalizado em português, como se pode verificar pela pesquisa em corpora ou em motores de busca da internet.

A este respeito, veja-se a informação veiculada pela Moderna Gramática Portuguesa, de Evanildo BECHARA (Rio de Janeiro: Editora Lucerna, 2002, pp. 315-316), que refere o uso da preposição em para denotar estado, qualidade ou matéria (com os exemplos General em chefe. Ferro em brasa. Imagem em barro. Gravura em aço), informando em observação que “tem-se, sem maior exame, condenado este emprego da preposição em como galicismo”.

Adicionalmente, a utilíssima Gramática Descriptiva de la Lengua Espanõla da Real Academia Española, dirigida por Ignacio BOSQUE e Violeta DEMONTE (Madrid: Espasa, 1999), depois de considerar que a preposição en, equivalente à preposição em portuguesa, pode indicar conceitos de formato, preço, especialidade, aspecto ou matéria, apresenta uma observação que se aplica igualmente em português: “El uso de en para denotar materia no es el más normal en español. Esta noción corresponde a la preposición de, es decir, que hablaremos de un vestido de lana, una estatua de bronce, un cubo de plástico, mas bien que de un vestido en lana, etc. No obstante, en algunos casos, por motivos de claridad, será conveniente el empleo de en, como botella de un litro en plástico, bolsa para la compra en nylon, etc.” (vol. 1, 10.8.3, p. 672-673).