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versozitos

A forma versozitosé [derivação masculino plural de versoverso].

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versoverso
|é| |é|
( ver·so

ver·so

)
Imagem

Face posterior de qualquer objecto.


nome masculino

1. [Literatura] [Literatura] Reunião de palavras ritmadas segundo a quantidade das sílabas, como em latim e grego (versos métricos), segundo a sua acentuação, como em inglês e alemão (versos rítmicos), ou segundo o seu número, como em português (versos silábicos).

2. [Literatura] [Literatura] Linha de um poema.

3. Qualquer composição metrificada. = ESTROFE, ESTÂNCIA

4. Conjunto de composições poéticas. = POEMAS, POESIAS

5. Arte de versificação ou de metrificação. = POESIAPROSA

6. Segunda página ou página posterior de uma folha. = COSTAS, REVERSOANVERSO, FRENTE

7. Face posterior de qualquer objecto.Imagem = TRASEIRA, COSTASFRENTE


verso branco

[Literatura] [Literatura]  Aquele que não rima com outro. = VERSO LIVRE, VERSO SOLTO

verso errado

[Literatura] [Literatura]  O mesmo que verso de pé quebrado.

verso heróico

[Literatura] [Literatura]  O de dez sílabas.

verso livre

[Literatura] [Literatura]  Verso branco ou verso que não segue as regras ou medidas tradicionais.

verso solto

[Literatura] [Literatura]  O mesmo que verso branco.

verso de pé quebrado

[Literatura] [Literatura]  O que peca contra as regras usuais de métrica ou de ritmo.

etimologiaOrigem etimológica:latim versus, -us, sulco, linha, fila ou do latim versus, -a, -um, voltado, virado, lavrado, destruído, transformado.
Colectivo:Coletivo:Coletivo:estrofe, versalhada, versaria.


Dúvidas linguísticas



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).




Qual a frase correcta: Para puderem educar os seus descendentes, os pais deviam conduzir-se bem? ou Para poderem educar os seus descendentes, os pais deviam conduzir-se bem?
As formas poderem e puderem são duas formas verbais parónimas com alternância vocálica que correspondem a dois tempos verbais diferentes. Poderem (lê-se /pudêrem/) é a forma da terceira pessoa do plural do infinitivo pessoal do verbo poder; este tempo verbal utiliza-se para exprimir uma acção ou processo, mas sem expressar o tempo ou o momento específico (ex.: O facto de poderem optar dá-lhes grande liberdade. Enviou uma fotografia para os avós poderem ver a neta). Puderem (lê-se /pudérem/) é a forma da terceira pessoa do plural do futuro do conjuntivo do verbo poder; este tempo verbal utiliza-se para apresentar uma acção futura como possível ou hipotética, geralmente em orações subordinadas (ex.: Eles irão ao cinema se puderem). Tendo em conta o exposto, a frase correcta é Para poderem educar os seus descendentes, os pais deviam conduzir-se bem.
O corrector sintáctico do FLiP alerta, entre outras coisas, para estas relações de paronímia.