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arte

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artearte
( ar·te

ar·te

)
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arte urbana

Artes plásticasArtes plásticas 

Conjunto das manifestações artísticas visuais desenvolvidas no espaço público, fora do contexto dos espaços artísticos tradicionais (ex.: festival de arte urbana).


nome feminino

1. Capacidade ou habilidade para a aplicação de conhecimento ou para a execução de uma ideia.

2. Conjunto dos meios pelos quais é possível obter a realização prática de algo. = TÉCNICA

3. Conjunto de regras e preceitos necessários para o exercício de uma actividade ou profissão (ex.: o ensino de uma arte).

4. Tratado que contém essas regras e preceitos.

5. Ofício (ex.: queria aprender olaria e outras artes).

6. Requinte no arranjo ou disposição de algo (ex.: uma sala decorada com arte).

7. Aptidão, jeito, dom (ex.: tem arte para fazer rir os outros).

8. Perícia; habilidade (ex.: é um cirurgião de uma arte invejável).

9. [Artes plásticas] [Artes plásticas] Produção de obras, formas ou peças orientada por um ideal estético ou com o objectivo de expressar subjectividade ou transmitir um conceito ou uma mensagem (ex.: arte dramática; arte poética; arte da pintura).

10. [Artes plásticas] [Artes plásticas] Conjunto das artes plásticas.

11. [Artes plásticas] [Artes plásticas] Totalidade das manifestações artísticas de um determinado período ou região (ex.: arte renascentista; arte italiana do século XV).

12. Habilidade para enganar ou para se conseguir o que se quer. = ASTÚCIA, MANHA

13. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Travessura, traquinice.

14. [Antigo] [Antigo] Modo de agir (ex.: fez as coisas de tal arte, que acabou por enganar toda a gente). = JEITO, MANEIRA

15. [Pesca] [Pesca] Aparelho ou método usado para apanhar peixes (ex.: arte de arrasto; arte de cerco; arte de xávega).

16. [Artes gráficas] [Artes gráficas] Original em fase de layout ou arte-final.

17. [Marketing, Publicidade] [Marketing, Publicidade] Sector responsável pela elaboração de gráficos, ilustrações, anúncios, diagramas, ou qualquer tipo de imagética.

18. [Marketing, Publicidade] [Marketing, Publicidade] Conjunto das actividades que têm como objectivo a apresentação visual de peças publicitárias.


arte mágica

Magia.

arte marcial

Sistema de técnicas de combate corpo a corpo, geralmente com componentes de desenvolvimento físico e mental (ex.: artes marciais de origem japonesa).

Desporto de luta ou de combate.

arte rupestre

Conjunto de inscrições, gravuras, pinturas ou desenhos realizados nas rochas pelos homens primitivos ou pré-históricos.

artes liberais

Na época romana, denominação atribuída ao conjunto das nove áreas do saber que deviam ser estudadas por um homem livre (gramática, retórica, lógica, aritmética, geometria, astronomia, música, arquitectura e medicina).

Denominação atribuída na Idade Média ao grupo das disciplinas que compreendiam a gramática, a retórica, a dialéctica, a aritmética, a geometria, a música e a astronomia.

arte pela arte

Teoria ou princípio que entende a arte com autonomia estética, sem função moral, funcional ou utilitarista.

artes plásticas

[Artes plásticas] [Artes plásticas]  As artes do desenho, da pintura, da escultura e da arquitectura.

arte urbana

[Artes plásticas] [Artes plásticas]  Conjunto das manifestações artísticas visuais desenvolvidas no espaço público, fora do contexto dos espaços artísticos tradicionais (ex.: festival de arte urbana).Imagem

nona arte

[Artes plásticas] [Artes plásticas]  Banda desenhada.

por artes de berliques e berloques

[Informal] [Informal] Por meios desconhecidos, misteriosos ou mágicos (ex.: o relatório perdido apareceu por artes de berliques e berloques).

sétima arte

[Cinema] [Cinema]  Cinema.

etimologiaOrigem etimológica:latim ars, artis, maneira de ser ou agir, conduta, habilidade, ciência, talento, ofício.

Auxiliares de tradução

Traduzir "arte" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



Tenho assistido a várias discussões sobre as palavras escoteiro/escuteiro e sobre escotismo/escutismo e gostaria de uma explicação linguística. São sinónimos ou são coisas diferentes?
Relativamente ao uso geral da língua, as palavras escoteiro/escuteiro e escotismo/escutismo correspondem a dois pares de sinónimos, a que se podem juntar outros pares como escotista/escutista ou escoteirismo/escuteirismo. Qualquer delas está correcta ortograficamente e pode dizer-se que são pares de variantes gráficas homófonas.

A discussão que se gera à volta delas decorre essencialmente do registo lexicográfico destas palavras (ou da ausência dele) ou de visões ligeiramente diferentes do chamado movimento escutista (ou escotista).

Para compreendermos melhor os argumentos utilizados, é necessário fazer alguma pesquisa, não tanto linguística, mas acerca da história do próprio movimento escutista em Portugal, que permita perceber o motivo da existência destas variantes (no Brasil, o problema não se coloca, pois as variantes com -u- são consideradas lusismos). Para isso, é esclarecedora a breve nota a que podemos aceder no sítio da Associação de Escoteiros de Portugal, que nos apresenta brevemente a história do movimento, salientando que esta foi a primeira associação de Portugal que utilizou a palavra escoteiro, já existente na língua e com o significado de "pessoa que viaja sem bagagem", para traduzir o inglês scout. Só mais tarde apareceu o Corpo Nacional de Escutas, movimento católico que assumiu uma dimensão maior e que, para a tradução de scout, utilizou a palavra escuta (de que depois derivaram escuteiro e escutista), já existente na língua como derivado regressivo do verbo escutar.

Sem ter a pretensão de fazer um levantamento exaustivo na lexicografia portuguesa, podemos verificar no Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa de José Pedro Machado que a palavra escoteiro está documentada na língua desde o séc. XVI em Lendas da Índia por Gaspar Correia, publicadas pela Ordem da Classe de Ciências Morais, Políticas e Belas Letras da Academia Real das Ciências de Lisboa, sob a direcção de Rodrigo José de Lima Felner, 1858: "…tudo puderam bem carregar, ficando os homens escoteiros e despejados para andar o caminho". O registo da acepção que diz respeito aos membros de movimentos semelhantes àquele que foi criado por Baden-Powell é bem mais recente.

Rebelo Gonçalves, no seu Vocabulário da Língua Portuguesa (Coimbra: Coimbra Editora, 1966), referência importante para a lexicografia portuguesa, considera escoteiro, escotismo e escotista como variantes brasileiras de escuteiro, escutismo e escutista, respectivamente. Nesta opção, segue o que está no Vocabulário Ortográfico Resumido da Língua Portuguesa, da Academia das Ciências de Lisboa (Lisboa: Imprensa Nacional de Lisboa, 1947).

Também o dicionário de Cândido de Figueiredo regista escoteiro como brasileirismo, na acepção que aqui nos interessa e as formas escuta e escuteiro como as preferenciais em Portugal. De notar que estamos a falar da edição coordenada por Rui Guedes (25.ª ed., 1996), pois em edições antigas, nomeadamente na edição de 1913, por exemplo, apenas consta a entrada escoteiro, com a acepção "aquele que viaja sem bagagem".

José Pedro Machado, nas várias edições do Grande Dicionário da Língua Portuguesa (por exemplo, Lisboa: Amigos do Livro, 1981 e Lisboa: Círculo de Leitores, 1991), outra grande referência na lexicografia portuguesa, regista também escuteiro (assinalando neste verbete, que "No Brasil, usa-se a forma escoteiro"), escutismo e escutista (nestes dois últimos verbetes, confrontando com as formas em -o- para avisar o consulente de que se trata de verbetes diferentes, não sinónimos). Curiosamente, não regista escuteirismo, mas sim escoteirismo, definindo-o de maneira bastante abrangente, de modo a incluir o movimento idealizado por Baden-Powell e qualquer movimento organizado em moldes semelhantes. Por outro lado, se no verbete escuteiro este dicionário assinala a forma escoteiro como brasileira, no verbete escoteiro, com o sentido sobre os qual nos debruçamos, não tem qualquer indicação de que se trata de brasileirismo, estando o verbete escoteiro definido, com etimologia e sem qualquer registo geográfico (o mesmo acontece com escotismo, que remete para escoteirismo).

O Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa (Lisboa: Verbo, 2001), por sua vez, parece ser o primeiro a registar os vários pares de variantes gráficas, sem distinguir registos de língua pertinentes. Neste sentido apresenta a definição nas formas com -u-, por serem mais usuais, e uma remissão nas formas com -o-.

Por motivos diversos, quer etimológicos, quer históricos, estes pares de palavras surgiram na língua, à semelhança de muitos outros casos de variação, e podem ser considerados sinónimos, sem que haja motivo para considerar uma ou outra forma mais correcta do que outra. Adicionalmente, e sobretudo entre os membros ou simpatizantes do movimento escotista/escutista em Portugal, a distinção escoteiro ou escuteiro permite também distinguir, respectivamente, entre os membros da Associação de Escoteiros de Portugal (de cariz interconfessional) e os membros, bem mais numerosos, do Corpo Nacional de Escutas (de cariz católico e estruturado numa relação directa com as dioceses).

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Tenho dúvidas quanto à sintaxe da palavra aquando. Deve escrever-se aquando a guerra ou aquando da guerra?
A palavra aquando tem uso quase exclusivo na locução prepositiva aquando de (ex.: contraiu a doença aquando de uma viagem). Menos frequentemente, pode surgir como sinónimo de quando como conjunção temporal (ex.: a guerra começou aquando houve a invasão) ou advérbio interrogativo (ex.: aquando começou a guerra?). Por este motivo, deverá escrever aquando da guerra.