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Intervalo

A forma Intervalopode ser [primeira pessoa singular do presente do indicativo de intervalarintervalar] ou [nome masculino].

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intervalointervalo
( in·ter·va·lo

in·ter·va·lo

)


nome masculino

1. Distância que, no tempo ou no espaço, medeia entre duas coisas (ex.: estão sentados com duas cadeiras de intervalo).

2. Paragem momentânea de alguma coisa, prevista geralmente para um tempo limitado. = INTERMITÊNCIA, INTERRUPÇÃO, PAUSA

3. Tempo previsto para interrupção de uma emissão, de um espectáculo, de um evento ou de um jogo (ex.: intervalo para compromissos publicitários; há um intervalo entre as eliminatórias e o bloco de finais).

4. [Teatro] [Teatro] Entretenimento entre dois actos de uma representação. = ENTREACTO

5. Tempo entre duas aulas (ex.: nos intervalos ficam a conversar nos corredores).

6. [Matemática] [Matemática] Conjunto dos números reais compreendidos entre dois números.

7. [Música] [Música] Diferença de altura que separa dois sons distintos (ex.: intervalo ascendente).


intervalo harmónico

[Música] [Música]  Aquele em que as duas notas soam em simultâneo.

intervalo melódico

[Música] [Música]  Aquele em que as duas notas soam sucessivamente.

etimologiaOrigem etimológica:latim intervallum, -i, espaço entre paliçadas, distância no tempo ou no espaço.
intervalarintervalar
( in·ter·va·lar

in·ter·va·lar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


adjectivo de dois génerosadjetivo de dois géneros

1. Situado num intervalo.


verbo transitivo

2. Dispor com intervalos.

3. Entressachar, entremear; alternar.


verbo pronominal

4. Ficar um intervalo.

5. Separar-se com intervalos.

Auxiliares de tradução

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Dúvidas linguísticas



Como devo falar ou escrever: "o Departamento a que pertence o funcionário" ou "o Departamento ao qual pertence o funcionário".
Nenhuma das expressões que refere está incorrecta, uma vez que, em orações subordinadas adjectivas relativas, o pronome relativo que pode, de uma maneira geral, ser substituído pelo seu equivalente o qual, que deverá flexionar em concordância com o género e número do antecedente (ex.: os departamentos aos quais pertence o funcionário). No caso em questão, o pronome relativo tem uma função de objecto indirecto do verbo pertencer, que selecciona complementos iniciados pela preposição a, daí que os pronomes que e o qual estejam antecedidos nestas expressões por essa preposição (a que e ao qual).

É de notar que a utilização da locução pronominal o qual e das suas flexões não deve ser feita quando se trata de uma oração relativa adjectiva restritiva que não é iniciada por preposição, isto é, quando a oração desempenha a função de um adjectivo que restringe o significado do antecedente (ex.: o departamento [que está em análise = analisado] vai ser reestruturado; *o departamento o qual está em análise vai ser reestruturado [o asterisco indica agramaticalidade]).




Li o texto do Acordo Ortográfico de 1990 e outros textos sobre o assunto, e tomava a liberdade de perguntar qual a posição da Priberam relativamente aos prefixos sub-, ad- e ab- quando seguidos por palavra iniciada por r cuja sílaba não se liga foneticamente com o prefixo. Concretizando: sub-rogar ou subrogar; ad-rogar ou adrogar; ab-rogar ou abrogar? O Acordo, aparentemente, é omisso quanto à matéria, e já vimos opções diferentes da por vós tomada na versão 7 do FLIP.
O texto legal do Acordo Ortográfico de 1990 (base XVI) é, de facto, omisso relativamente ao uso de hífen com prefixos terminados em consoantes oclusivas (como ab-, ad- ou sub-) quando o segundo elemento da palavra se inicia por r (como em ab-rogar, ad-rogar ou sub-rogar). Para que seja mantida a pronúncia [R] (como em carro) do segundo elemento, terá de manter-se o hífen, pois os casos de ab-r, ad-r, ob-r, sob-r, sub-r e afins são os únicos casos na língua em que há os grupos br ou dr (que se podiam juntar a cr, fr, gr, pr, tr e vr) sem que a consoante seja uma vibrante alveolar ([r], como em caro ou abrir). Se estas palavras não contiverem hífen, o r ligar-se-á à consoante que o precede e passará de vibrante velar (ex.: ab[R], sub[R]) a vibrante alveolar (ex.: ab[r], sub[r]). Não se pode, por isso, alterar a fonética por causa da ortografia, nem alterar a grafia, criando uma excepção ortográfica, só porque o legislador/relator ou afim escamoteou ou esqueceu este caso. O argumento de que a opção de manter o hífen nestes casos segue o espírito do acordo pode reforçar-se se olharmos, por exemplo, para os casos dos elementos de formação circum- e pan-, onde não se criam excepções à estrutura silábica, nem à pronúncia (cf. circum-escolar e não circumescolar; pan-africano e não panafricano).
Pelos motivos expostos, a opção da Priberam é manter o hífen nos casos descritos.