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perderas

Será que queria dizer perderás?

A forma perderasé [segunda pessoa singular do pretérito mais-que-perfeito do indicativo de perderperder].

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perderperder
|ê| |ê|
( per·der

per·der

)
Conjugação:irregular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Deixar de ter alguma coisa útil, proveitosa ou necessária, que se possuía, por culpa ou descuido do possuidor, ou por contingência ou desgraça.

2. Sofrer prejuízo, dano, ruína, detrimento ou diminuição em.

3. Não conseguir o que se deseja ou ama.

4. Desperdiçar, dissipar, malbaratar, menosprezar.

5. Deixar de gozar, de atender, deixar passar despercebido.

6. Descair do conceito, crédito ou estima.

7. Esquecer.

8. Causar dano ou ruína a, ou o mal ou a desgraça de.

9. Junto com alguns nomes, faltar à obrigação do que significam, ou fazer alguma coisa em contrário, como: perder o respeito, a vergonha, a educação, a cortesia, etc.

10. Tratando-se de guerra, morrer, ficar prisioneiro ou ser derrotado.


verbo intransitivo

11. Sofrer dano, prejuízo, quebra, etc.

12. Diminuir de valor, merecimento, conceito, etc.

13. Ser vencido (em jogo, aposta, etc.).


verbo pronominal

14. Errar o caminho, transviar-se.

15. Não achar saída.

16. Não achar meio de remover uma dificuldade.

17. Deixar de ser ouvido ou percebido.

18. Desaparecer, sumir-se, extinguir-se, esvaecer-se.

19. Estragar-se.

20. Inutilizar-se.

21. Conturbar-se, arrebatar-se.

22. Desvairar-se, desorientar-se.

23. Confundir-se, baralhar-se.

24. Sofrer dano ou prejuízo.

25. Arruinar-se.

26. Ficar pobre ou desgraçado.

27. Entregar-se aos vícios.

28. Perverter-se.

29. Pecar.

30. Ficar desonrado.

31. Deixar-se irresistivelmente dominar por uma paixão, por um afecto veemente.

32. Ficar preocupado, absorvido.

33. Naufragar.

34. Pôr-se em risco de perder a vida.

35. Não se aproveitar de alguma coisa.

36. Cair em desuso.

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Palavras vizinhas



Dúvidas linguísticas



Pretendo saber o significado de res extensa e ego cogitans.
Res extensa e ego cogitans (ou res cogitans) são expressões utilizadas pelo filósofo francês Descartes (1596-1650) para designar, respectivamente, a matéria ou o corpo (“coisa extensa”) e o espírito ou a mente (“eu pensante” ou “coisa pensante”).



Pretendo saber como se lê a palavra ridículo. Há quem diga que se lê da forma que se escreve e há quem diga que se lê redículo. Assim como as palavras ministro e vizinho, onde também tenho a mesma dúvida.
A dissimilação, fenómeno fonético que torna diferentes dois ou mais segmentos fonéticos iguais ou semelhantes, é muito frequente em português europeu.

O caso da pronúncia do primeiro i não como o habitual [i] mas como [i] (idêntico à pronúncia de se ou de) na palavra ridículo é apenas um exemplo de dissimilação entre dois sons [i].

O mesmo fenómeno pode acontecer nos casos de civil, esquisito, feminino, Filipe, imbecilidade, medicina, militar, milímetro, ministro, príncipe, sacrifício, santificado, Virgílio, visita, vizinho (o segmento destacado é o que pode sofrer dissimilação), onde se pode verificar que a modificação nunca ocorre na vogal da sílaba tónica ou com acento secundário, mas nas vogais de sílabas átonas que sofrem enfraquecimento.

A este respeito, convém referir que alguns dicionários de língua portuguesa, como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, da Academia das Ciências de Lisboa (Verbo, 2001) ou o Grande Dicionário Língua Portuguesa (Porto Editora, 2004), apresentam transcrição fonética das palavras. Podemos verificar que nestas obras de referência, a transcrição não é uniforme. No dicionário da Academia das Ciências, estas palavras são transcritas de forma quase sistemática sem dissimilação, mas a palavra príncipe é transcrita como prínc[i]pe. No dicionário da Porto editora, algumas destas palavras são transcritas com e sem dissimilação, por esta ordem, como em feminino, medicina, militar, ministro ou vizinho, mas a palavra esquisito é transcrita com a forma sem dissimilação em primeiro lugar, enquanto as palavras civil, príncipe, sacrifício e visita são transcritas apenas sem dissimilação.

Em conclusão, nestes contextos, é possível encontrar no português europeu as duas pronúncias, com e sem dissimilação, sendo que em alguns casos parece mais rara e noutros não. A pronúncia destas e de outras palavras não obedece a critérios de correcção, pois não se trata de uma pronúncia correcta ou incorrecta, mas de variações de pronúncia relacionadas com o dialecto ou o sociolecto do falante. Assim, nos exemplos acima apresentados é igualmente correcta a pronúncia dos segmentos assinalados como [i] ou [i].