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prestais

A forma prestaisé [segunda pessoa plural do presente do indicativo de prestarprestar].

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prestarprestar
( pres·tar

pres·tar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Tornar disponível ou acessível (ex.: a empresa presta serviços na área da manutenção e reparação; ninguém prestou apoio; prestaram-lhes todos os cuidados necessários). = CONCEDER, DAR, DISPENSAR

2. Ser causador ou transmissor de algo (ex.: esta luz presta à sala um outro ar). = COMUNICAR, EMPRESTAR, TRANSMITIR

3. Dedicar; render (ex.: prestar homenagem).


verbo transitivo e intransitivo

4. Estar ao alcance de alguém para ser útil; ter préstimo ou utilidade. = APROVEITAR, SERVIR


verbo intransitivo

5. Ter qualidades (ex.: este artigo presta, mas aquele não; esse grupo não presta).


verbo pronominal

6. Mostrar-se bom ou próprio para determinado efeito ou objectivo (ex.: o tema presta-se a horas de conversa). = ADAPTAR-SE, ADEQUAR-SE, AJEITAR-SE

7. Receber ou admitir o que é oferecido ou o que acontece (ex.: ele prestou-se a ser cobaia na experiência; prestava-se a tudo para agradar). = ACEITAR, CONSENTIR, OFERECER-SE

etimologiaOrigem etimológica:latim praesto, -are.

prestaisprestais

Auxiliares de tradução

Traduzir "prestais" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




"de que" ou apenas "que"? E.g.: "foram avisados que" ou "foram avisados de que"?
Nenhuma das formulações apresentadas pode ser considerada errada, apesar de a expressão "foram avisados de que" ser mais consensual do que a expressão em que se omite a preposição.

Para uma análise desta questão, devemos referir que os exemplos dados estão na voz passiva, mas a estrutura sintáctica do verbo é a mesma do verbo na voz activa, onde, no entanto, é mais fácil observar a estrutura argumental do verbo:

Eles foram avisados do perigo. (voz PASSIVA) = Ele avisou-os do perigo. (voz ACTIVA)
Eles foram avisados de que podia haver perigo. (voz PASSIVA) = Ele avisou-os de que podia haver perigo. (voz ACTIVA)

Trata-se de um verbo bitransitivo, que selecciona um complemento directo ("os", que na voz passiva corresponde ao sujeito "Eles") e um complemento preposicional, neste caso introduzido pela preposição "de" ("do perigo" ou "de que podia haver perigo"). Nas frases em que o complemento preposicional contém uma frase completiva introduzida pela conjunção "que" (ex.: "avisou-os de que" ou "foram avisados de que"), é frequente haver a omissão da preposição "de" (ex.: "avisou-os que" ou "foram avisados que"), mas este facto, apesar de ser muito frequente, é por vezes condenado por alguns puristas da língua.