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azougues

A forma azouguespode ser [masculino plural de azougueazougue] ou [segunda pessoa singular do presente do conjuntivo de azougarazougar].

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azougarazougar
( a·zou·gar

a·zou·gar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Cobrir ou juntar com azougue.

2. Amalgamar.

3. [Figurado] [Figurado] Tornar vivo, esperto.

4. Fazer murchar (plantas gramíneas) antes de vir a espiga.


verbo intransitivo

5. [Portugal: Açores] [Portugal: Açores] Apodrecer (fruto).

6. [Portugal: Madeira] [Portugal: Madeira] Morrer (falando-se de animais).

7. [Regionalismo] [Regionalismo] Saturar-se de água.

8. Definhar.


verbo pronominal

9. Espertar-se.

10. Assarapantar-se.

azougueazougue
( a·zou·gue

a·zou·gue

)


nome masculino

1. [Pouco usado] [Pouco usado] [Química] [Química] Elemento químico (símbolo: Hg), de número atómico 80, que constitui um corpo metálico líquido que se solidifica aos -40°C. = MERCÚRIO

2. Pessoa muito viva, esperta e irrequieta. = FINÓRIO

3. Esperteza, finura.

4. [Botânica] [Botânica] Planta da família das euforbiáceas, do género Mercurialis. = MERCURIAL

5. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Aguardente de cana. = CACHAÇA

6. [Portugal: Madeira, Informal] [Portugal: Madeira, Informal] Óxido natural de ferro que atrai o ferro e alguns metais. = ÍMAN, MAGNETE

etimologiaOrigem etimológica:árabe az-zauq, mercúrio.
Confrontar: açougue, azoque.
azouguesazougues


Dúvidas linguísticas



Negocia ou negoceia? Em português de Portugal, a 3ª pessoa do singular do Presente do Indicativo é negocia ou negoceia? Aprendi na escola (portuguesa) e sempre disse negoceia e qual o meu espanto que aqui, na Priberam, aparece o vocábulo negocia na conjugação do verbo. Como no corrector de português de Portugal a expressão Ele negocia não apresenta erro, deduzo que as duas formas estarão correctas. Se por aqui, no Brasil, o termo usado é negocia, pergunto qual o termo que um português deve aplicar.
No português de Portugal é aceite a dupla conjugação do verbo negociar nas formas do presente do indicativo (negocio/negoceio, negocias/negoceias, negocia/negoceia, negociam/negoceiam), do presente do conjuntivo (negocie/negoceie, negocies/negoceies, negocie/negoceie, negociem/negoceiem) e do imperativo (negocia/negoceia, negocie/negoceie, negociem/negoceiem), ao contrário do português do Brasil, que apenas permite a conjugação com a vogal temática -i- e não com o ditongo -ei- (negocio, negocias, etc.).

A mesma diferença de conjugação entre as duas normas do português (europeia e brasileira) apresentam os verbos derivados de negociar (desnegociar, renegociar), bem como os verbos agenciar, cadenciar, comerciar, diligenciar, licenciar, obsequiar e premiar.




Como se deve dizer? Filhó (singular) Filhós (plural) ou Filhós (singular) Filhoses (plural)?
A palavra filhós, por analogia com palavras terminadas pelo mesmo som (ex.: retrós, voz), forma o plural filhoses (ex.: escolheu a filhós mais pequena; as filhoses ainda estão quentes). Trata-se de uma variante da palavra filhó que, por sua vez, forma o plural filhós (ex.: a filhó é um doce típico do Natal; comeu duas filhós). Ao processo de uma forma plural passar a ser empregue para designar também o singular, Evanildo Bechara dá o nome de "plural cumulativo" (ver Moderna Gramática Portuguesa, Rio de Janeiro: Editora Lucerna, 2002, pp. 128-129). O mesmo fenómeno acontece com os substantivos ilhó e ilhós, eiró e eirós, lilá e lilás, por exemplo.

Apesar de alguns autores condenarem o uso da forma filhós para designar o singular, a mesma e o respectivo plural filhoses surgem atestados nas principais obras lexicográficas de língua portuguesa, como o Vocabulário da Língua Portuguesa (Coimbra: Coimbra Editora, 1966), de Rebelo Gonçalves, o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa (Lisboa: Academia das Ciências de Lisboa / Editorial Verbo, 2001) ou o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, (Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2001 / Lisboa: Círculo de Leitores, 2002).