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torcido

A forma torcidopode ser [masculino singular particípio passado de torcertorcer] ou [adjectivoadjetivo].

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torcidotorcido
( tor·ci·do

tor·ci·do

)


adjectivoadjetivo

1. Que se torceu.

2. Que dá ou tem voltas ou torções. = RETORCIDO, TORTUOSO, TORTODIREITO, RECTO

3. Forçado.

4. Diz-se de pessoa que é do contra.

5. Diz-se de pessoa de maus bofes, ruim.

etimologiaOrigem etimológica: particípio de torcer.
torcertorcer
|ê| |ê|
( tor·cer

tor·cer

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Fazer girar um corpo pelas suas extremidades, cada uma em sentido contrário.

2. Desviar, mudar a direcção de.

3. Dobrar, encurvar, vergar, inclinar.

4. Envolver, enrolar, enroscar.

5. Dar uma torcedura a.

6. Vencer, sujeitar, fazer vergar.

7. Fazer desviar o ânimo, levar, induzir.

8. Corromper, perverter.

9. Dar apoio a ou esperar resultado positivo de (ex.: estamos a torcer por ti).


verbo intransitivo

10. Dar voltas tortuosas.

11. Tomar direcção tortuosa.

12. Inclinar-se, pender; vergar-se, dobrar-se.

13. Serpear.

14. Ceder.


verbo pronominal

15. Dobrar-se; inclinar-se; enroscar-se, descair.

16. Render-se; ceder.

17. Contrair-se.


torcer o caminho

Deixar o caminho recto para dar um rodeio ou para mudar de direcção.

etimologiaOrigem etimológica: latim torqueo, -ere, torcer, vergar, enrolar, arrastar, tornar, torturar, atormentar, brandir, sondar, investigar.
torcidotorcido

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Anagramas



Dúvidas linguísticas



Ouve-se em certos telejornais expressões como a cujo ou em cujo; contudo gostaria de saber se gramaticalmente a palavra cujo pode ser antecedida de preposição.
O uso do pronome relativo cujo, equivalente à expressão do qual, pode ser antecedido de preposição em contextos que o justifiquem, nomeadamente quando a regência de alguma palavra ou locução a tal obrigue. Nas frases abaixo podemos verificar que o pronome está correctamente empregue antecedido de várias preposições (e não apenas a ou em) seleccionadas por determinadas palavras (nos exemplos de 1 e 2) ou na construção de adjuntos adverbiais (nos exemplos de 3 e 4):

1) O aluno faltou a alguns exames. O aluno reprovou nas disciplinas a cujo exame faltou. (=O aluno reprovou nas disciplinas ao exame das quais faltou);
2) Não haverá recurso da decisão. Os casos serão julgados pelo tribunal, de cuja decisão não haverá recurso. (=Os casos serão julgados pelo tribunal, dadecisão do qual não haverá recurso);
4) Houve danos em algumas casas. Os moradores em cujas casas houve danos foram indemnizados. (=Os moradores nas casas dos quais houve danos foram indemnizados);
5) Exige-se grande responsabilidade para o exercício desta profissão. Esta é uma profissão para cujo exercício se exige grande responsabilidade. (=Esta é uma profissão para o exercício da qual se exige grande responsabilidade).




Deparei-me com um problema linguístico ao qual não sei dar resposta. Como se deve escrever: semi sombra, semisombra, semi-sombra ou semissombra?
A grafia correcta é semi-sombra, se estiver a utilizar a ortografia segundo o Acordo Ortográfico de 1945, isto é, anterior ao Acordo Ortográfico de 1990. Segundo o Acordo de 1945, na base XXIX, e segundo o Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo Gonçalves, o prefixo semi- só se escreve com hífen quando a palavra que se lhe segue começa por h (ex.: semi-homem), i (ex.: semi-inconsciente), r (ex.: semi-racional) ou s (ex.: semi-selvagem). Já o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras, acrescenta que este prefixo é grafado com hífen sempre que a palavra que se lhe segue começa por qualquer vogal. Daí a divergência na escrita entre a norma portuguesa (ex.: semiaberto, semiesfera, semioficial, semiuncial) e a norma brasileira (ex.: semi-aberto, semi-esfera, semi-oficial, semi-uncial).

Se, porém, estiver a utilizar a grafia segundo o Acordo Ortográfico de 1990, a grafia correcta é semissombra. Segundo este acordo, na sua Base XVI, não se emprega o hífen "nas formações em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s, devendo estas consoantes duplicar-se" (ex.: semirracional, semissegredo). Ainda segundo esta mesma base, deixa de haver divergência entre a norma portuguesa e a brasileira, pois apenas deverá ser usado o hífen quando a palavra seguinte começa por h (ex.: semi-histórico) ou pela mesma vogal em que termina o prefixo (ex.: semi-internato) e não quando se trata de vogal diferente (ex.: semiautomático).