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tolinhos

A forma tolinhosé [derivação masculino plural de tolotolo].

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tolo1tolo1
|ô| |ô|
( to·lo

to·lo

)


adjectivo e nome masculinoadjetivo e nome masculino

1. Que ou quem revela falta de inteligência (ex.: acusou-a de ser tola; só um tolo não consegue fazer essas contas). = NÉSCIO

2. Que ou o que se considera simplório ou ingénuo (ex.: foi tola por se ter deixado enganar; disse que ele era um tolo por ter acreditado na história).

3. Que ou quem presume muito de si. = PRESUNÇOSO

4. Que ou quem revela falta de sanidade mental. = DEMENTE, DOIDO, LOUCO


adjectivoadjetivo

5. Que não tem nexo ou significação (ex.: fez um discurso tolo). = DISPARATADO

6. [Figurado] [Figurado] Pasmado; boquiaberto (ex.: ficou tola com o tamanho do arranha-céus).

7. Merecedor de escárnio ou de chacota (ex.: tinha uma maneira de andar tola). = RIDÍCULO

vistoPlural: tolos |ô|.
etimologiaOrigem etimológica:origem duvidosa.
iconPlural: tolos |ô|.
tolo2tolo2
|ó| |ó|
( to·lo

to·lo

)


nome masculino

[Arquitectura] [Arquitetura] [Arquitetura] Edifício, monumento ou sepultura circular (ex.: visitou as ruínas do tolo de Delfos).

vistoPlural: tolos |ó|.
etimologiaOrigem etimológica:latim tholus, -i, abóbada, cúpula, templo redondo, edifício com cúpula, do grego thólos, -ou.
iconPlural: tolos |ó|.
tolinhostolinhos


Dúvidas linguísticas



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).




Qual o texto correcto: peço-lhe para ele cá vir ou peço para ele cá vir?
Ambas as frases que refere estão correctas.

Na primeira, o verbo selecciona um complemento indirecto (o pronome oblíquo lhe) e um complemento directo sob a forma de oração completiva com valor nominal (para ele cá vir). Na segunda, o verbo pedir está a ser usado como transitivo directo, pois selecciona apenas o complemento directo.

Como o verbo pedir pode ser usado como transitivo directo (seleccionando apenas um complemento directo, como em pediu um café), transitivo indirecto (seleccionando apenas um complemento indirecto, como em pediu pelas vítimas da catástrofe) ou bitransitivo (seleccionando um complemento directo e um indirecto, como em pediu um café ao empregado), ambas as frases encontram-se correctamente formadas.