PT
BR
Pesquisar
Definições



evacueis

A forma evacueisé [segunda pessoa plural do presente do conjuntivo de evacuarevacuar].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
evacuarevacuar
( e·va·cu·ar

e·va·cu·ar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Sair colectivamente ou fazer sair de um lugar que se deixa vazio ou que se abandona a outrem (ex.: os trabalhadores evacuaram a fábrica; as autoridades evacuaram a zona; os invasores foram obrigados a evacuar a ilha face à resistência da população).

2. [Militar] [Militar] Retirar de zona militarizada ou de combate (ex.: evacuar as tropas; evacuar os feridos da frente da batalha).

3. [Por extensão] [Por extensão] Retirar de situação de perigo ou que possa causar danos (ex.: a polícia evacuou os residentes do prédio). [Nota: uso controverso.]

4. [Fisiologia] [Fisiologia] Expelir do organismo (ex.: a ferida foi unida sem evacuar o sangue; é necessário evacuar o humor que molesta o enfermo).


verbo transitivo e intransitivo

5. Expulsar matéria fecal (ex.: a criança deixou de evacuar fezes líquidas ou soltas; o paciente já evacua sem problemas). = DEFECAR, DEJECTAR, OBRAR

etimologiaOrigem etimológica:latim evacuo, -are, esvaziar, limpar, purgar, livrar-se de, pôr de lado, enfraquecer, aniquilar, anular, cancelar.
Ver também resposta à dúvida: evacuar com significado de "retirar" .
evacueisevacueis

Auxiliares de tradução

Traduzir "evacueis" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).




Como se deve dizer: alcoolemia ou alcoolémia?
Apesar de a forma esdrúxula alcoolémia ser bastante usual hoje em dia, a forma alcoolemia é considerada mais correcta e vernácula, porque segue as regras de acentuação das palavras formadas com o elemento de origem grega –emia (derivado do grego haîma, -atos, que significa “sangue”, a que se junta o sufixo tónico -ia), cujo acento de intensidade recai na sílaba mi.

Embora -emia seja um sufixo formador de palavras do português, esta sequência já surgia em grego em palavras graves como anaimía (que deu origem a anemia) ou euaimía (que deu origem a euemia).

O mesmo se aplica a outras palavras como glicemia/glicémia, hiperemia/hiperémia, septicemia/septicémia, muito frequentemente tomadas como palavras esdrúxulas, mas cuja origem e formação pressupõem a acentuação na penúltima sílaba.