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mestre

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mestremestre
( mes·tre

mes·tre

)


nome masculino

1. Pessoa que ensina. = DOCENTE, PROFESSOR

2. Indivíduo que exerce um ofício por sua conta, que trabalha sem indicações técnicas de outrem ou que tem aprendizes.

3. Aquele que dirige uma oficina.

4. Artista (pintor ou escultor) de grande mérito.

5. Pessoa que domina muito bem uma profissão, uma arte, uma actividade.

6. Iniciador de uma escola literária.

7. Superior de ordem militar.

8. Tudo o que pode servir de ensinamento (sendo geralmente do género masculino).

9. [Maçonaria] [Maçonaria] Terceiro grau da ordem maçónica.

10. [Maçonaria] [Maçonaria] Pessoa que tem esse grau.

11. [Náutica] [Náutica] Comandante de barco. = ARRAIS, PATRÃO


nome de dois géneros

12. Pessoa que detém um mestrado.


adjectivoadjetivo

13. Que é o mais importante (ex.: estruturas mestras; ideias mestras; trave mestra). = FUNDAMENTAL, PRINCIPAL

14. Que tem grande importância. = IMPORTANTE


de mestre

De grande qualidade (ex.: foi um trabalho de mestre).

etimologiaOrigem etimológica:latim magister, -tri, o que comanda ou dirige, chefe, professor.

vistoFeminino: mestra.
iconFeminino: mestra.
mestremestre

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Dúvidas linguísticas



Tenho uma dúvida na utilização dos pronomes "lhe" ou "o". Por exemplo, nesta frase, qual é a forma correta: "para Carlos não lhe perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda" ou " para Carlos não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda"?
A questão que nos coloca toca uma área problemática no uso da língua, pois trata-se de informação lexical, isto é, de uma estrutura que diz respeito a cada palavra ou constituinte frásico e à sua relação com as outras palavras ou outros constituintes frásicos, e para a qual não há regras fixas. Na maioria dos casos, os utilizadores conhecem as palavras e empregam as estruturas correctas, e normalmente esse conhecimento é tanto maior quanto maior for a experiência de leitura do utilizador da língua.

No caso dos pronomes clíticos de objecto directo (o, os, a, as, na terceira pessoa) ou de objecto indirecto (lhe, lhes, na terceira pessoa), a sua utilização depende da regência do verbo com que se utilizam, isto é, se o verbo selecciona um objecto directo (ex.: comeu a sopa = comeu-a) ou um objecto indirecto (ex.: respondeu ao professor = respondeu-lhe); há ainda verbos que seleccionam ambos os objectos, pelo que nesses casos poderá dar-se a contracção dos pronomes clíticos (ex.: deu a bola à criança = deu-lhe a bola = deu-lha).

O verbo perturbar, quando usado como transitivo, apenas selecciona objectos directos não introduzidos por preposição (ex.: a discussão perturbou a mulher; a existência perturbava Carlos), pelo que deverá apenas ser usado com pronomes clíticos de objecto directo (ex.: a discussão perturbou-a; a existência perturbava-o) e não com pronomes clíticos de objecto indirecto.

Assim sendo, das duas frases que refere, a frase “para Carlos, não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda” pode ser considerada mais correcta, uma vez que respeita a regência do verbo perturbar como transitivo directo. Note que deverá usar a vírgula depois de “para Carlos”, uma vez que se trata de um complemento circunstancial antecipado.