PT
BR
Pesquisar
Definições



Pesquisa nas Definições por:

mestre

-latria | elem. de comp.

Exprime a noção de adoração ou culto (ex.: egolatria)....


Aplica-se quando se reconhece numa obra de arte ou de ciência o cunho de um grande mestre....


Fórmula dogmática dos escolásticos da Idade Média, quando citavam a opinião do mestre Aristóteles; emprega-se ironicamente em relação a qualquer chefe de escola, de partido, etc....


ipse dixit | loc.

Fórmula dogmática dos escolásticos da Idade Média, quando citavam a opinião do mestre Aristóteles; emprega-se ironicamente em relação a qualquer chefe de escola, de partido, etc....


dedo | n. m.

Cada um dos prolongamentos articulados que terminam as mãos e os pés do homem e as extremidades de outros animais....


disciplina | n. f. | n. f. pl.

Acção dirigente de um mestre....


Trabalho escrito que um aluno deve elaborar, apresentar e defender perante um júri para a obtenção do grau académico de mestre....


escola | n. f.

Processos seguidos pelos grandes mestres....


marroteiro | n. m.

Mestre ou chefe de marnotos....


partideiro | adj. | n. m.

Relativo a samba de partido-alto (ex.: encontro de mestres partideiros)....


artemão | n. m.

Vela mestra de navio....


maneirismo | n. m.

Forma de arte que se desenvolveu na Itália, depois na Europa, no século XVI, sob a influência dos grandes mestres da Renascença....


marnoteiro | n. m.

Mestre ou chefe de marnotos....


talhame | n. m.

Conjunto de talhas, candeliças, etc., que se guardam no trem de manobra dos arsenais marítimos ou no paiol do mestre, a bordo....


mestrando | n. m.

Aluno de um curso de mestrado....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Tenho duas questões a colocar-vos, ambas directamente relacionadas com um programa televisivo sobre língua portuguesa que me impressionou bastante pela superficialidade e facilidade na análise dos problemas da língua. Gostaria de saber então a vossa avisada opinião sobre os seguintes tópicos: 1) no plural da palavra "líder" tem de haver obrigatoriamente a manutenção da qualidade da vogal E? 2) poderá considerar-se que a expressão "prédio em fase de acabamento" é um brasileirismo?
1) No plural da palavra líder, a qualidade da vogal postónica (isto é, da vogal que ocorre depois da sílaba tónica) pode ser algo problemática para alguns falantes.
Isto acontece porque, no português europeu, as vogais a, e e o geralmente não se reduzem foneticamente quando são vogais átonas seguidas de -r em final de palavra (ex.: a letra e de líder, lê-se [ɛ], como a letra e de pé e não como a de se), contrariamente aos contextos em que estão em posição final absoluta (ex.: a letra e de chave, lê-se [i], como a letra e de se e não como a de pé). No entanto, quando estas vogais deixam de estar em posição final de palavra (é o caso do plural líderes, ou de derivados como liderar ou liderança), já é possível fazer a elevação e centralização das vogais átonas, uma regularização muito comum no português, alterando assim a qualidade da vogal átona de [ɛ] para [i], como na alternância comédia > comediante ou pedra > pedrinha. Algumas palavras, porém, mantêm inalterada a qualidade vocálica mesmo em contexto átono (ex.: mestre > mestrado), apesar de se tratar de um fenómeno não regular. Por este motivo, as pronúncias líd[i]res ou líd[ɛ]res são possíveis e nenhuma delas pode ser considerada incorrecta; esta reflexão pode aplicar-se à flexão de outras palavras graves terminadas em -er, como cadáver, esfíncter, hambúrguer, pulôver ou uréter.

2) Não há qualquer motivo linguístico nem estatístico para considerar brasileirismo a expressão em fase de acabamento. Pesquisas em corpora e em motores de busca demonstram que a expressão em fase de acabamento tem, no português europeu, uma frequência muito semelhante a em fase de acabamentos.


Ver todas