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gelado

A forma geladopode ser [masculino singular particípio passado de gelargelar], [adjectivoadjetivo] ou [nome masculino].

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geladogelado
( ge·la·do

ge·la·do

)
Imagem

Sobremesa congelada, doce e aromatizada, feita geralmente de água, leite ou sumo de frutas.


adjectivoadjetivo

1. Coberto de gelo; muito frio.

2. [Figurado] [Figurado] Paralisado; entorpecido.

3. Insensível.

4. Desalentado.

5. Glacial.

6. Tomado de espanto ou terror.


nome masculino

7. Sobremesa congelada, doce e aromatizada, feita geralmente de água, leite ou sumo de frutas.Imagem = SORVETE

8. [Brasil] [Brasil] Bebida gelada.


comer gelados com a testa

[Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Revelar pouca inteligência ou perspicácia; ser idiota.

etimologiaOrigem etimológica:particípio de gelar.
gelargelar
( ge·lar

ge·lar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo, intransitivo e pronominal

1. Converter em gelo. = CONGELAR, GEARDEGELAR, DESCONGELAR

2. Tornar ou ficar muito frio. = CONGELAR, RESFRIAR

3. Traspassar ou ficar trespassado de frio.


verbo transitivo e intransitivo

4. [Figurado] [Figurado] Causar ou sentir uma forte emoção que paralisa ou dificulta a acção. = ASSOMBRAR, CONGELAR, PARALISAR, REGELAR


verbo transitivo

5. Desanimar.

etimologiaOrigem etimológica:latim gelo, -are.
geladogelado

Auxiliares de tradução

Traduzir "gelado" para: Espanhol Francês Inglês

Anagramas



Dúvidas linguísticas



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).




Enfim, hão-de haver outros candidatos. Está correcta?
A frase que refere está incorrecta, pois o verbo haver, no sentido de "existir", é impessoal, pelo que a frase correcta deverá ser Enfim, há-de haver outros candidatos.