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fominhas

A forma fominhaspode ser [derivação feminino plural de fomefome] ou [adjectivo de dois géneros e dois números e nome de dois géneros e dois númerosadjetivo de dois géneros e dois números e nome de dois géneros e dois números].

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fominhasfominhas
( fo·mi·nhas

fo·mi·nhas

)


adjectivo de dois géneros e dois números e nome de dois géneros e dois númerosadjetivo de dois géneros e dois números e nome de dois géneros e dois números

1. [Informal, Depreciativo] [Informal, Depreciativo] Que ou quem come com muita avidez. = ESFOMEADO

2. [Informal, Depreciativo] [Informal, Depreciativo] Que ou quem não pensa nos outros e quer o máximo de lucros ou vantagens para si (ex.: foste muito fominhas; o treinador diz que não podemos ser uns fominhas e temos de jogar em equipa).

3. [Informal, Depreciativo] [Informal, Depreciativo] Que ou quem é muito avarento. = SOMÍTICO, SOVINA, UNHAS-DE-FOME

sinonimo ou antonimoSinónimoSinônimo geral: FOMINHA

etimologiaOrigem etimológica:fominha + -s expressivo.

fomefome
( fo·me

fo·me

)


nome feminino

1. Grande vontade de comer; urgência de alimento (ex.: almocei bem, não tenho fome). = APETITE

2. Falta de nutrição; carência alimentar (ex.: segundo o relatório, milhares de crianças podem morrer de fome ainda este ano). = SUBALIMENTAÇÃO, SUBNUTRIÇÃO

3. [Por extensão] [Por extensão] Falta, penúria, míngua, miséria.

4. [Por extensão] [Por extensão] Desejo ardente. = SOFREGUIDÃO

5. [Por extensão] [Por extensão] Apetite sexual.


enganar a fome

[Informal] [Informal] Tomar algum alimento para aliviar a fome; enganar o estômago.

entreter a fome

[Informal] [Informal] O mesmo que enganar a fome.

fome canina

[Informal] [Informal] O mesmo que bulimia.

[Informal] [Informal] Apetite exagerado.

fome de lobo

[Informal] [Informal] O mesmo que fome canina.

fome de rabo

[Informal] [Informal] Apetite exagerado.

matar a fome

[Informal] [Informal] Satisfazer a necessidade de alimento.

matar à fome

Deixar morrer por falta de alimento.

etimologiaOrigem etimológica:latim fames, -is.

fominhasfominhas

Palavras vizinhas



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se existe hífen nas seguintes palavras: área-meio, procuradoria-geral, coordenação-geral, coordenador-geral, procurador-geral-adjunto?
À excepção de procuradoria-geral, nenhuma das outras palavras que menciona tem registo nos dicionários de língua portuguesa por nós consultados. No entanto, o adjectivo geral liga-se com frequência por hífen ao substantivo quando este designa cargo ou organismo. A formação de palavras pela hifenização de dois substantivos, como é o caso de área-meio, também é frequente. Neste caso, o substantivo meio funciona como determinante do substantivo área.



Na frase: Nós convidámo-vos, o pronome é enclítico, o que obriga à omissão do -s final na desinência -mos ao contrário do que o V. corrector on-line propõe: Nós convidamos-vos, o que, certamente, é erro. Nós convidamos-vos, Nós convidámos-vos, Nós convidamo-vos, Nós convidámo-vos: afinal o que é que está correcto?
A forma nós convidámos-vos encontra-se correcta, tal como é verificado pelo FLiP on-line.

A forma *nós convidámo-vos corresponde a um erro muito frequente dos utilizadores da língua, por analogia com o uso enclítico do pronome nos (como em nós convidámo-nos); apesar de aparentemente semelhantes, estes dois casos correspondem a contextos diferentes que determinaram a grafia actual. Em casos como nós convidámo-nos, estamos perante a terminação da primeira pessoa do plural -mos, seguida do clítico nos; estas duas terminações são quase homófonas, pelo que a língua encontrou uma forma de as dissimilar ou diferenciar, num fenómeno designado “dissimilação das sílabas parafónicas” por Martins de Aguiar, citado por CUNHA e CINTRA na Nova Gramática do Português Contemporâneo (Ed. João Sá da Costa, 1998, p. 318). No caso de nós convidámos-vos não há necessidade de dissimilação, pelo que a grafia deverá incluir o -s final da desinência da primeira pessoa do plural.

Relativamente ao uso dos clíticos e às alterações ortográficas que estes implicam quando se seguem à forma verbal (ênclise), pode dizer-se que não há qualquer alteração ortográfica com os pronomes pessoais átonos que são complemento indirecto (me, te, lhe, vos, lhes), excepto com o pronome nos, que provoca a já referida redução da forma verbal da desinência da primeira pessoa do plural (de *-mos-nos para -mo-nos). A este respeito, veja-se o anexo relativo aos verbos no Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (Círculo de Leitores, 2002) ou 12 000 verbes portugais et brésiliens - Formes et emplois (“Collection Bescherelle”, Paris, Hatier, 1993), duas das poucas obras de referência que explicitamente referem este fenómeno.

Em relação aos clíticos de complemento directo (o, a, os as), quando há ênclise apresentam alteração para -lo, la, -los, -las se se seguirem a forma verbal terminada em -r, -s ou -z ou ao advérbio eis, sendo que há redução da forma verbal (ex.: convidá-lo, convidamo-las, di-lo, ei-la), por vezes com necessidade de acentuação gráfica (ver também outra dúvida sobre este assunto em escreve-lo e escrevê-lo). Se a forma verbal terminar em nasal (ex.: convidam, convidaram), o pronome enclítico altera-se para -no, -na, -nos, -nas (ex.: convidam-no, convidaram-nas).

As construções *nós convidamo-vos e *nós convidámo-vos estão então incorrectas, pois não há motivo para retirar o -s à terminação da primeira pessoa do plural quando seguida do clítico vos. No português europeu, as construções nós convidamos-vos e nós convidámos-vos estão ambas correctas, distinguindo-se apenas pelo tempo verbal. A primeira corresponde ao presente do indicativo (ex.: Hoje convidamos-vos para uma visita às grutas) e a segunda ao pretérito perfeito do indicativo (ex.: Ontem convidámos-vos para um passeio de barco).