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capazmente

A forma capazmentepode ser [derivação de capazcapaz] ou [advérbio].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
capazmentecapazmente
( ca·paz·men·te

ca·paz·men·te

)


advérbio

De modo capaz.

etimologiaOrigem etimológica:capaz + -mente.
capazcapaz
( ca·paz

ca·paz

)


adjectivo de dois génerosadjetivo de dois géneros

1. Que tem capacidade para (ex.: o hotel é capaz de alojar duzentas pessoas).

2. Que tem as qualidades ou características adequadas para determinado fim ou tarefa (ex.: a sua filha é capaz de pintar muito bem).INCAPAZ

3. Que faz bem o seu trabalho ou demonstra competência em determinada actividade (ex.: médico capaz). = CAPACITADO, COMPETENTEINCOMPETENTE, INEPTO

4. Que tem a possibilidade de ou a capacidade para; que preenche as condições necessárias para (ex.: ele não é capaz de ser antipático; estava tão triste com a notícia que era capaz de chorar; o texto do artigo é capaz de ser compreendido por um vasto público).

5. Que tem as condições ou as qualidades certas para determinado uso (ex.: a grua é capaz de suportar muito peso). = ADEQUADO, APROPRIADO, CONVENIENTE, PRÓPRIODESADEQUADO, IMPRÓPRIO, INADEQUADO

6. Que tem aptidão ou habilitações adequadas para (ex.: a criança já é capaz de andar; ela já é capaz de falar alemão). = APTO, HABILITADOINAPTO, INCAPAZ

7. Que demonstra seriedade ou honestidade (ex.: não te preocupes, é um trabalhador capaz). = HONESTO, HONRADO, SÉRIODESONESTO

8. [Direito] [Direito] Que tem capacidade legal.

etimologiaOrigem etimológica:latim capax, -acis, espaçoso, amplo, extenso, capaz de.


Dúvidas linguísticas



A palavra seje existe? Tenho um colega que diz que esta palavra pode ser usada na nossa língua.
Eu disse para ele que esta palavra não existe. Estou certo ou errado?
A palavra seje não existe. Ela é erradamente utilizada em vez de seja, a forma correcta do conjuntivo (subjuntivo, no Brasil) do verbo ser. Frases como “Seje bem-vindo!”, “Seje feita a sua vontade.” ou “Por favor, seje sincero.” são cada vez mais frequentes, apesar de erradas (o correcto é: “Seja bem-vindo!”, “Seja feita a sua vontade.” e “Por favor, seja sincero.”). A ocorrência regular de seje pode dever-se a influências de falares mais regionais ou populares, ou até mesmo a alguma desatenção por parte do falante, mas não deixa de ser um erro.



Escreve-se ei-la ou hei-la?
A forma correcta é ei-la.

A palavra eis é tradicionalmente classificada como um advérbio e parece ser o único caso, em português, de uma forma não verbal que se liga por hífen aos clíticos. Como termina em -s, quando se lhe segue o clítico o ou as flexões a, os e as, este apresenta a forma -lo, -la, -los, -las, com consequente supressão de -s (ei-lo, ei-la, ei-los, ei-las).

A forma hei-la poderia corresponder à flexão da segunda pessoa do plural do verbo haver no presente do indicativo (ex.: vós heis uma propriedade > vós hei-la), mas esta forma, a par da forma hemos, já é desusada no português contemporâneo, sendo usadas, respectivamente, as formas haveis e havemos. Vestígios destas formas estão presentes na formação do futuro do indicativo (ex.: nós ofereceremos, vós oferecereis, nós oferecê-la-emos, vós oferecê-la-eis; sobre este assunto, poderá consultar a resposta mesóclise).

Pelo que acima foi dito, e apesar de a forma heis poder estar na origem da forma eis (o que pode explicar o facto de o clítico se ligar por hífen a uma forma não verbal e de ter um comportamento que se aproxima do de uma forma verbal), a grafia hei-la não pode ser considerada regular no português contemporâneo, pelo que o seu uso é desaconselhado.