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Piranga

A forma Pirangapode ser [segunda pessoa singular do imperativo de pirangarpirangar], [terceira pessoa singular do presente do indicativo de pirangarpirangar], [adjectivo de dois géneros e nome de dois génerosadjetivo de dois géneros e nome de dois géneros], [adjectivo de dois génerosadjetivo de dois géneros], [nome feminino] ou [nome masculino].

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piranga1piranga1
( pi·ran·ga

pi·ran·ga

)


adjectivo de dois géneros e nome de dois génerosadjetivo de dois géneros e nome de dois géneros

1. [Informal, Depreciativo] [Informal, Depreciativo] Que ou quem é pobre ou sem importância. = MISERÁVEL, PELINTRA, RELES

2. [Informal, Regionalismo] [Informal, Portugal: Regionalismo] Que ou quem é muito apegado ao dinheiro e não gosta de o gastar. = AVARO, SOVINA


nome feminino

3. [Informal] [Informal] Falta de dinheiro ou de recursos. = MISÉRIA, PENÚRIA

etimologiaOrigem etimológica:origem obscura.

Colectivo:Coletivo:Coletivo:pirangada, pirangagem.
piranga2piranga2
( pi·ran·ga

pi·ran·ga

)


adjectivo de dois génerosadjetivo de dois géneros

1. [Brasil] [Brasil] Que tem cor vermelha. = ENCARNADO, VERMELHO


nome masculino

2. [Brasil] [Brasil] Barro de cor vermelha.


nome feminino

3. [Brasil: Amazónia] [Brasil: Amazônia] [Ornitologia] [Ornitologia] Ave passeriforme (Turdus rufiventris) da família dos turdídeos, encontrada na América do Sul, de dorso pardo ou acinzentado, garganta esbranquiçada estriada de preto, ventre ferrugíneo e canto melodioso. = SABIÁ-LARANJEIRA

4. [Brasil] [Brasil] [Botânica] [Botânica] Planta arbustiva (Arrabidaea chica) da família das bignoniáceas, nativa da América do Sul, com propriedades medicinais e da qual se obtém um corante vermelho. = CARAJURU, CHICA

etimologiaOrigem etimológica:tupi pi'ranga, vermelho.

pirangarpirangar
( pi·ran·gar

pi·ran·gar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo intransitivo

1. [Informal] [Informal] Pedir esmola. = ESMOLAR, MENDIGAR


verbo transitivo

2. [Brasil: Nordeste] [Brasil: Nordeste] Pedir algo emprestado, geralmente sem intenção de devolver; obter gratuitamente. = CRAVAR

etimologiaOrigem etimológica:piranga + -ar.

PirangaPiranga


Dúvidas linguísticas



Deparei-me com um problema linguístico ao qual não sei dar resposta. Como se deve escrever: semi sombra, semisombra, semi-sombra ou semissombra?
A grafia correcta é semi-sombra, se estiver a utilizar a ortografia segundo o Acordo Ortográfico de 1945, isto é, anterior ao Acordo Ortográfico de 1990. Segundo o Acordo de 1945, na base XXIX, e segundo o Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo Gonçalves, o prefixo semi- só se escreve com hífen quando a palavra que se lhe segue começa por h (ex.: semi-homem), i (ex.: semi-inconsciente), r (ex.: semi-racional) ou s (ex.: semi-selvagem). Já o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras, acrescenta que este prefixo é grafado com hífen sempre que a palavra que se lhe segue começa por qualquer vogal. Daí a divergência na escrita entre a norma portuguesa (ex.: semiaberto, semiesfera, semioficial, semiuncial) e a norma brasileira (ex.: semi-aberto, semi-esfera, semi-oficial, semi-uncial).

Se, porém, estiver a utilizar a grafia segundo o Acordo Ortográfico de 1990, a grafia correcta é semissombra. Segundo este acordo, na sua Base XVI, não se emprega o hífen "nas formações em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s, devendo estas consoantes duplicar-se" (ex.: semirracional, semissegredo). Ainda segundo esta mesma base, deixa de haver divergência entre a norma portuguesa e a brasileira, pois apenas deverá ser usado o hífen quando a palavra seguinte começa por h (ex.: semi-histórico) ou pela mesma vogal em que termina o prefixo (ex.: semi-internato) e não quando se trata de vogal diferente (ex.: semiautomático).




Devo dizer em Porto Moniz ou no Porto Moniz (Porto Moniz é um município)?
Como poderá verificar na resposta topónimos com e sem artigos, esta questão não pode ter uma resposta peremptória, pois as poucas e vagas regras enunciadas por alguns prontuários têm muitos contra-exemplos.

No caso de Porto Moniz, este topónimo madeirense enquadra-se na regra que defende que não se usa geralmente o artigo com os nomes das cidades, localidades e ilhas, regra que tem, contudo, muitas excepções. Nesse caso, seria mais indicado em Porto Moniz.

Por outro lado, não pode ser ignorado o facto de os falantes madeirenses geralmente colocarem artigo neste caso (no Porto Moniz, mas também no Porto da Cruz ou no Porto Santo, outros dois casos em que o mesmo problema se coloca). Do ponto de vista lógico, e uma vez que a regras das gramáticas são vagas, este pode ser o melhor critério para decidir utilizar o artigo com este topónimo.

Pelos motivos acima apontados, pode afirmar-se que nenhuma das duas opções está incorrecta, uma (em Porto Moniz) seguindo as indicações vagas e pouco fundamentadas de algumas gramáticas, outra (no Porto Moniz) podendo ser justificada pelo facto de os habitantes da própria localidade utilizarem o artigo antes do topónimo e também pelo facto de a palavra Porto ter origem num nome comum a que se junta uma outra denominação (no caso, o antropónimo Moniz que, segundo José Pedro Machado, no Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa, corresponde a “um dos mais antigos povoadores da ilha”).