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Favor

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favorfavor
|ô| |ô|
( fa·vor

fa·vor

)


nome masculino

1. Serviço gratuito prestado ou recebido (ex.: posso pedir um favor?). = OBSÉQUIO

2. Prova de benevolência, de simpatia ou de bondade. = OBSÉQUIO

3. Fineza; cortesia.

4. [Figurado] [Figurado] Protecção, amparo.

5. Abono; valimento.

6. [Informal] [Informal] Carta.


a favor

Favorável, propício (ex.: o presidente foi eleito por 28 votos a favor e 11 contra; o tempo joga a nosso favor).

a favor de

Em defesa de (ex.: manifestaram-se a favor do referendo).

Em benefício de (ex.: o jogo virou a favor do adversário).

contar a favor de

Ser benefício para (ex.: o teste contou a meu favor). = BENEFICIAR, FAVORECER

em favor

O mesmo que a favor.

fazer o favor de

Dignar-se fazer; conceder fazer (ex.: façam o favor de anotar o que vou dizer).

Ter a amabilidade, a gentileza de (ex.: faça o favor de entrar, amigo!).

por favor

Expressão usada para mostrar delicadeza quando se faz um pedido ou se transmite uma ordem (ex.: abra a porta, por favor) [abreviatura: p. f.].

Por uma concessão especial ou por gentileza, e não por direito próprio ou mérito.

etimologiaOrigem etimológica:latim favor, -oris.

FavorFavor

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Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Gostaria de saber a diferença entre os verbos gostar e querer, se são transitivos e como são empregados.
Não obstante a classificação de verbo intransitivo por alguns autores, classificação que não dá conta do seu verdadeiro comportamento sintáctico, o verbo gostar é essencialmente transitivo indirecto, sendo os seus complementos introduzidos por intermédio da preposição de ou das suas contracções (ex.: As crianças gostam de brincar; Eles gostavam muito dos primos; Não gostou nada daquela sopa; etc.). Este uso preposicionado do verbo gostar nem sempre é respeitado, sobretudo com alguns complementos de natureza oracional, nomeadamente orações relativas, como em O casaco (de) que tu gostas está em saldo, ou orações completivas finitas, como em Gostávamos (de) que ficassem para jantar. Nestes casos, a omissão da preposição de tem vindo a generalizar-se.

O verbo querer é essencialmente transitivo directo, não sendo habitualmente os seus complementos preposicionados (ex.: Quero um vinho branco; Ele sempre quis ser cantor; Estas plantas querem água; Quero que eles sejam felizes; etc.). Este verbo é ainda usado como transitivo indirecto, no sentido de "estimar, amar" (ex.: Ele quer muito a seus filhos; Ele lhes quer muito), sobretudo no português do Brasil.

Pode consultar a regência destes (e de outros) verbos em dicionários específicos de verbos como o Dicionário Sintáctico de Verbos Portugueses (Coimbra: Almedina, 1994), o Dicionário de Verbos e Regimes, (São Paulo: Globo, 2001) ou a obra 12 000 verbes portugais et brésiliens - Formes et emplois, (“Collection Bescherelle”, Paris: Hatier, 1993). Alguns dicionários de língua como o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002) também fornecem informação sobre o uso e a regência verbais. O Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea (Lisboa: Academia das Ciências/Verbo, 2001), apesar de não ter classificação explícita sobre as regências verbais, fornece larga exemplificação sobre o emprego dos verbos e respectivas regências.