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recolheram

A forma recolherampode ser [terceira pessoa plural do pretérito mais-que-perfeito do indicativo de recolherrecolher] ou [terceira pessoa plural do pretérito perfeito do indicativo de recolherrecolher].

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recolherrecolher
|ê| |ê|
( re·co·lher

re·co·lher

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Colher para si. = GUARDAR

2. Reunir coisas dispersas.

3. Pesquisar para juntar dados ou informação. = COLHER, COLIGIR, COMPILAR

4. Dar acolhimento a. = ACOLHER

5. Receber em recompensa.

6. Encurtar, encolher.

7. Puxar para si.

8. Guardar ou dobrar o que está esticado ou estendido (ex.: recolher as velas).

9. Tirar da circulação (ex.: recolher uma moeda).

10. [Figurado] [Figurado] Deduzir, inferir.


verbo intransitivo

11. Voltar para casa.


verbo pronominal

12. Regressar (a casa, à terra).

13. Refugiar-se.

14. Concentrar-se, reconcentrar-se.

15. Desaparecer da superfície para operar no interior do corpo.

16. Retirar-se para os seus aposentos.

17. Encerrar-se.


nome masculino

18. Hora em que os soldados têm de regressar ao quartel.

19. Hora em que alguém deve voltar a casa ou a determinado local.


recolher obrigatório

Proibição, determinada como medida excepcional por governo ou autoridade, de permanecer na rua a partir de determinada hora.

etimologiaOrigem etimológica: latim recolligo, -ere, ajuntar, reunir de novo, reunir, retomar, recuperar.
recolheramrecolheram

Auxiliares de tradução

Traduzir "recolheram" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



Relativamente às entradas e co- do dicionário, tenho duas dúvidas que gostaria me pudessem esclarecer:
1.ª Em que base do Acordo Ortográfico de 1990 se especifica que as contrações deixam de levar acento grave?
2.ª Se co- leva hífen antes de h, por que motivo é coabitação e não pode ser coerdeiro? Adicionalmente, creio que no Acordo Ortográfico de 1990 se estabelece que co é exceção, e não leva hífen antes de o.
Para maior clareza na nossa resposta às suas questões, mantivemos a sua numeração original:

1. Com o Acordo Ortográfico de 1990, o uso do acento grave em algumas contracções ficou mais restringido.
A Base XXIV do Acordo Ortográfico de 1945, que regia a ortografia portuguesa antes de o Acordo de 1990 entrar em vigor, admitia o acento grave na contracção da preposição a com o artigo definido ou pronome demonstrativo o (e suas flexões) e ainda “em contracções idênticas em que o primeiro elemento é uma palavra inflexiva acabada em a”. É neste contexto que se inseria o acento grave em contracções como prò (de pra, redução de para + o) ou (de ca, conjunção arcaica + o). Segundo o Acordo de 1990 (cf. Base XII), não estão previstos outros contextos para o acento grave para além da contracção da preposição a com as formas femininas do artigo ou pronome demonstrativo o (à, às) e com os demonstrativos aquele e aqueloutro e respectivas flexões (ex.: àquele, àqueloutra).

2. O prefixo co- deverá, como refere, ser seguido de hífen antes de palavra começada por h (cf. Base XVI, 1.º, a), como em co-herdeiro. A justificação para a ausência de hífen em coabitar, coabitação e derivados é o facto de estas palavras, segundo a informação etimológica à nossa disposição, derivarem directamente do latim e não se terem formado no português.

Relativamente à sua última afirmação, de facto, o prefixo co- constitui uma excepção à regra que preconiza o uso do hífen quando o segundo elemento começa pela mesma vogal em que termina o primeiro (cf. Base XVI, 1.º, b); Obs.); isto é, o prefixo co- não será seguido de hífen mesmo se o elemento seguintes começar por o (ex.: coobrigar, ao contrário de micro-ondas).




Como se escreve? Eu não consigo deitar-me cedo. Eu não consigo me deitar cedo. Não consigo perceber se o não está associado ao primeiro ou segundo verbo, pois nos verbos reflexos na negativa os pronomes vêm antes do verbo.
O verbo conseguir, à semelhança de outros verbos como desejar, querer ou tentar, tem algumas propriedades análogas às de um verbo auxiliar mais típico (como o verbo ir, por exemplo). Nestes casos, este verbo forma com o verbo principal uma locução verbal, podendo o clítico estar antes do verbo auxiliar (ex.: eu não me vou deitar cedo; eu não me consigo deitar cedo) ou depois do verbo principal (ex.: eu não vou deitar-me cedo; eu não consigo deitar-me cedo). Isto acontece porque o verbo considerado auxiliar ou semiauxiliar pode formar com o verbo que o sucede uma locução verbal coesa, como se fosse um só verbo (e, nesse caso, o clítico é atraído pela partícula de negação não e desloca-se para antes da locução verbal) ou, por outro lado, o verbo conseguir pode manter algumas características de verbo pleno (e, nesse caso, o clítico me pode manter-se ligado ao verbo principal deitar, de que depende semanticamente). Nenhuma das duas construções pode ser considerada incorrecta, apesar de a segunda ser frequentemente considerada preferencial.

Nesta frase, o marcador de negação (o advérbio não) está claramente a negar o verbo conseguir e é semanticamente equivalente a "eu deito-me tarde, porque não sou capaz de me deitar cedo". Se estivesse a negar o verbo deitar-se (eu consigo não me deitar cedo), teria um valor semântico diferente, equivalente a "eu sou capaz de me deitar tarde", devendo nesse caso o clítico estar colocado antes do verbo deitar.