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aceira

A forma aceirapode ser [feminino singular de aceiroaceiro], [segunda pessoa singular do imperativo de aceiraraceirar] ou [terceira pessoa singular do presente do indicativo de aceiraraceirar].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
aceiraraceirar
( a·cei·rar

a·cei·rar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Temperar com aço. = ACERAR

2. Cortar (a vegetação) em volta da mata.

3. Cortar vegetação nas extremidades das herdades, para demarcá-las e evitar a comunicação de incêndio (ex.: aceirar o mato).

4. O mesmo que sesmar.


verbo transitivo e pronominal

5. Tornar ou ficar mais forte ou mais resistente. = FORTALECERENFRAQUECER

etimologiaOrigem etimológica: aceiro + -ar.
aceiroaceiro
( a·cei·ro

a·cei·ro

)


adjectivo e nome masculinoadjetivo e nome masculino

1. Que ou quem trabalha em aço.


adjectivoadjetivo

2. Que tem as propriedades do aço.

3. Forte, resistente.FRACO


nome masculino

4. [Antigo] [Antigo] Barra de aço.

5. Faixa de terra arroteada, dentro ou em volta das herdades, para evitar a comunicação do fogo ou facilitar o trânsito de carros. = ATALHADA

6. Sesmo.

etimologiaOrigem etimológica: latim tardio aciarium, do latim acies, -ei, ponta, gume, espada.
aceiraaceira


Dúvidas linguísticas



Os vocábulos disfrutar e desfrutar existem? Qual a diferença?
Como poderá verificar no Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, a forma correcta é desfrutar e não disfrutar.



Sou um profissional com formação na área de exatas e, freqüentemente, encontro dificuldades em escolher as preposições certas para determinadas construções. Por exemplo, não sei se em um texto formal diz-se que "o ambiente está a 50oC" ou se "o ambiente está à 50oC". (O uso da crase vem em minha cabeça como se houvesse a palavra feminina temperatura subentendida, como na forma consagrada "sapato à Luís XV", em que a palavra moda fica elíptica). Existem, em nossa língua, dicionários de regência on-line?
A crase é a contracção de duas vogais iguais. Há muitas vezes confusão entre à (contracção da preposição a com o artigo definido a) e a (artigo ou preposição).

Em geral, a preposição contrai-se com artigos definidos femininos (ex.: Ofereceu uma flor à namorada, O carro está em frente à casa) e com a locução relativa a qual (ex.: Esta é a instituição à qual ele está vinculado). Há também locuções fixas que contêm crase, onde se pode subentender moda ou maneira (ex.: Feijoada à [moda/maneira] brasileira).

Em geral, não se usa a crase antes de nome masculino (ex.: Foi andar a cavalo), de forma verbal (ex.: Esteve a dormir), de artigo indefinido (ex.: Chegou a uma brilhante conclusão) ou de topónimos que não precisam de artigo (ex.: Chegou a Brasília). Há ainda locuções fixas que não contêm crase (ex.: Encontraram-se frente a frente).

Por vezes há ainda confusão entre a contracção da preposição a com um pronome demonstrativo começado por a- (aquela, aquele, aquilo) e o uso isolado do pronome demonstrativo. Ex.: Àquela hora, não havia ninguém na rua. Nunca viu nada semelhante àquilo.

No caso do exemplo apresentado, numa frase como "o ambiente está a 50oC" não poderá usar a crase, pois não poderia subentender "o ambiente está à (temperatura de) 50oC" como é possível fazer em "sapato à [moda] Luís XV", pois isto acontece apenas em locuções fixas já consagradas pelo uso.

Tanto a crase como as regências (nominais ou verbais) fazem parte de uma área problemática da língua portuguesa, tanto na variedade do Brasil, como na de Portugal. Nestes casos não há soluções mágicas, mas tentativas de auxílio aos utilizadores de uma coisa tão complexa como a sua língua. O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa contém informação acerca das regências verbais e exemplos que ilustram o uso de determinados verbos. O FLiP (www.flip.pt) é um programa que inclui um corrector sintáctico que, entre outras funções, corrige alguns destes aspectos.