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Ardido

A forma Ardidopode ser [masculino singular particípio passado de arderarder], [adjectivoadjetivo] ou [nome masculino].

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ardido1ardido1
( ar·di·do

ar·di·do

)


adjectivoadjetivo

1. Que foi consumido pelo fogo; que ardeu (ex.: a área ardida deste ano é superior à do ano passado). = QUEIMADO

2. Fermentado.


nome masculino

5. [Brasil] [Brasil] Inflamação cutânea provocada por calor ou fricção. = ASSADURA

etimologiaOrigem etimológica:particípio de arder.
ardido2ardido2
( ar·di·do

ar·di·do

)


adjectivoadjetivo

Que não tem medo; que não se deixa intimidar pelos perigos nem pelas dificuldades. = ATREVIDO, CORAJOSO, INTRÉPIDO, VALENTE

etimologiaOrigem etimológica:francês hardi, do particípio passado do antigo francês hardir, tornar duro, do antigo frâncico hardjan, de hart, duro.
arderarder
|ê| |ê|
( ar·der

ar·der

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo intransitivo

1. Estar em fogo ou aceso (ex.: o telhado estava a arder).

2. Estar muito quente (ex.: a criança ardia em febre).

3. Provocar ou sentir ardor ou sensação de calor intenso ou queimadura (ex.: o álcool arde; tenho a pele a arder). = ARDEJAR

4. Ser picante; causar ardor na língua ou cavidade bucal (ex.: esta malagueta arde bastante). = PICAR

5. Brilhar como chama.

6. Grassar, fazer estragos.

7. Sentir sensação de ardor.

8. Alterar-se (tornando-se desagradavelmente acre).

9. [Figurado] [Figurado] Ser atormentado por.

10. [Regionalismo] [Regionalismo] Gafar-se (a azeitona madura).

etimologiaOrigem etimológica:latim ardo, -ere.

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Traduzir "Ardido" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).




Tenho, há algum tempo, uma "discussão" com uma amiga relativamente à palavra "espilro". Eu digo que esta palavra existe há muito, muito tempo, ao passo que a minha amiga diz que só passou a existir segundo o novo acordo ortográfico. Podem ajudar a esclarecer-nos?
Não encontrámos uma datação para a palavra espilro, mas esta palavra (e o verbo de que deriva regressivamente, espilrar), provém de uma epêntese em espirro (espirro > espilro) e não terá com certeza surgido como consequência do novo Acordo Ortográfico. Rebelo Gonçalves, no seu Vocabulário da Língua Portuguesa (Coimbra: Coimbra Editora, 1966) regista espilrar e espilro, afirmando que se trata de um registo popular. Idêntica informação é fornecida pelo Dicionário Priberam da Língua Portuguesa.