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trabalhas

A forma trabalhasé [segunda pessoa singular do presente do indicativo de trabalhartrabalhar].

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trabalhartrabalhar
( tra·ba·lhar

tra·ba·lhar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Dar determinada forma a (ex.: trabalhar a madeira).

2. Fazer ou preparar algo para determinado fim (ex.: trabalhar a terra).

3. Rever ou refazer com cuidado (ex.: trabalhar o texto). = APERFEIÇOAR, LIMAR

4. Treinar ou exercitar para melhorar ou desenvolver (ex.: trabalhar os músculos).

5. Causar preocupação ou aflição. = ATORMENTAR, INQUIETAR, PREOCUPAR, RALAR


verbo transitivo e intransitivo

6. Fazer esforço para algo. = EMPENHAR-SE, DILIGENCIAR, LIDAR, PROCURAR

7. Exercer uma actividade profissional (ex.: trabalhamos na construção civil; esteve desempregado, mas já está a trabalhar).


verbo intransitivo

8. Fazer algum trabalho ou tarefa (ex.: vou para casa trabalhar).

9. Formar ideias ou fazer reflexões. = COGITAR, MATUTAR, PENSAR

10. Estar em funcionamento. = FUNCIONAR, MOVER-SE

etimologiaOrigem etimológica:latim *tripaliare, torturar com instrumento de tortura tripálio, de tripalis, -e, que tem três estacas.

iconeConfrontar: trebelhar.
trabalhastrabalhas

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Dúvidas linguísticas



Tenho sempre uma dúvida: utiliza-se crase antes de pronomes demonstrativos como esse, essa, esta, este?
A crase é a contracção de duas vogais iguais, sendo à (contracção da preposição a com o artigo definido a) a crase mais frequente. Para que se justifique esta crase é necessário que haja um contexto em que estejam presentes a preposição a e o artigo a (ex.: A [artigo] menina estava em casa; Entregou uma carta a [preposição] uma menina; Entregou uma carta à [preposição + artigo] menina). Ora, os pronomes demonstrativos não coocorrem com preposições (ex.: Esta menina estava em casa; *A [artigo] esta menina estava em casa; Entregou a carta a [preposição] esta menina; *Entregou a carta à [preposição + artigo] esta menina; o asterisco indica agramaticalidade), pelo que não poderá haver crase antes de artigos demonstrativos, mas apenas a ocorrência da preposição, quando o contexto o justifique.

Além do que foi dito acima, é de referir que pode haver crase com um artigo demonstrativo começado por a- (ex.: Não prestou atenção àquilo [preposição a + pronome demonstrativo aquilo]), mas trata-se da contracção da preposição a com a primeira vogal do pronome demonstrativo (ex.: àquele, àqueloutro, àquilo).




Seríssimo ou seriíssimo?
Ambas as formas seríssimo e seriíssimo podem ser consideradas correctas como superlativo absoluto sintético do adjectivo sério.

O superlativo absoluto sintético simples, isto é, o grau do adjectivo que exprime, através de uma só palavra, o elevado grau de determinado atributo, forma-se pela junção do sufixo -íssimo ao adjectivo (ex.: altíssimo).

No caso de grande número de adjectivos terminados em -eio e em -io, a forma gerada apresenta geralmente dois ii, um pertencente ao adjectivo, o outro ao sufixo (ex.: cheiíssimo, feiíssimo, maciíssimo, vadiíssimo).

Há alguns adjectivos, porém, como sério, que podem gerar duas formas de superlativo absoluto sintético: seriíssimo ou seríssimo. No entanto, como é referido por Celso Cunha e Lindley Cintra na sua Nova Gramática do Português Contemporâneo (Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 260), parece haver uma maior aceitação das formas com apenas um i: “Em lugar das formas superlativas seriíssimo, necessariíssimo e outras semelhantes, a língua actual prefere seríssimo, necessaríssimo, com um só i”. O mesmo sucede com necessário, ordinário, precário ou sumário, por exemplo.