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ex-

A forma ex-pode ser[abreviatura], [nome de dois géneros e de dois números] ou [prefixo].

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ex.ex.
ex.


abreviatura

Abreviatura de exemplo.

ex-ex-


prefixo

1. Indica fora de, saída, derivação, separação, afastamento, extracção, em palavras de várias categorias morfológicas (ex.: exfiltrar; expatriar; exterritorialidade).

2. Quando unido por hífen a um nome, indica que o nome indicado deixou de ser aquilo que era (ex.: ex-casal; ex-mulher) ou de exercer o cargo ou função que tinha (ex.: ex-jogador; ex-presidente).

etimologiaOrigem etimológica:prefixo latino ex- que indica acção de tirar, saída, acabamento, acção de levar, privação ou negação, reforço.

exex
|eis| ou |es| |eis| ou |es|


nome de dois géneros e de dois números

1. [Informal] [Informal] Pessoa que já teve com outra uma relação de casamento ou namoro, em relação a esta última (ex.: tem uma relação conflituosa com as suas duas ex).

2. [Informal] [Informal] Pessoa que deixou de ser alguma coisa.

etimologiaOrigem etimológica:prefixo ex-.

ex-ex-


Dúvidas linguísticas



Tenho uma dúvida na utilização dos pronomes "lhe" ou "o". Por exemplo, nesta frase, qual é a forma correta: "para Carlos não lhe perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda" ou " para Carlos não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda"?
A questão que nos coloca toca uma área problemática no uso da língua, pois trata-se de informação lexical, isto é, de uma estrutura que diz respeito a cada palavra ou constituinte frásico e à sua relação com as outras palavras ou outros constituintes frásicos, e para a qual não há regras fixas. Na maioria dos casos, os utilizadores conhecem as palavras e empregam as estruturas correctas, e normalmente esse conhecimento é tanto maior quanto maior for a experiência de leitura do utilizador da língua.

No caso dos pronomes clíticos de objecto directo (o, os, a, as, na terceira pessoa) ou de objecto indirecto (lhe, lhes, na terceira pessoa), a sua utilização depende da regência do verbo com que se utilizam, isto é, se o verbo selecciona um objecto directo (ex.: comeu a sopa = comeu-a) ou um objecto indirecto (ex.: respondeu ao professor = respondeu-lhe); há ainda verbos que seleccionam ambos os objectos, pelo que nesses casos poderá dar-se a contracção dos pronomes clíticos (ex.: deu a bola à criança = deu-lhe a bola = deu-lha).

O verbo perturbar, quando usado como transitivo, apenas selecciona objectos directos não introduzidos por preposição (ex.: a discussão perturbou a mulher; a existência perturbava Carlos), pelo que deverá apenas ser usado com pronomes clíticos de objecto directo (ex.: a discussão perturbou-a; a existência perturbava-o) e não com pronomes clíticos de objecto indirecto.

Assim sendo, das duas frases que refere, a frase “para Carlos, não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda” pode ser considerada mais correcta, uma vez que respeita a regência do verbo perturbar como transitivo directo. Note que deverá usar a vírgula depois de “para Carlos”, uma vez que se trata de um complemento circunstancial antecipado.




Como se diz: existe diferenças significativas ou existem diferenças significativas entre duas populações?
O verbo existir é intransitivo e deve concordar com o sujeito, que, na frase em apreço, corresponde a um plural (diferenças significativas). Por este motivo, a frase correcta será existem diferenças significativas.

Esta hesitação em efectuar a concordância do verbo existir com o seu sujeito deriva provavelmente do facto de este verbo ser sinónimo, em algumas acepções, do verbo haver, que, neste sentido, é impessoal, isto é, não tem sujeito e deve sempre ser conjugado na terceira pessoa do singular (ex.: há diferenças significativas).