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Calço

Será que queria dizer calco?

A forma Calçopode ser [primeira pessoa singular do presente do indicativo de calçarcalçar] ou [nome masculino].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
calçocalço
( cal·ço

cal·ço

)


nome masculino

1. Pedaço de madeira ou de outro material usado para nivelar objectos que não assentam por igual. = CUNHA

2. Aquilo que se coloca por baixo ou junto a algo, para nivelar, fixar ou escorar (ex.: pôs calços nas rodas do carro).

3. Parede que sustenta a terra de um socalco. = BOTARÉU

4. Socalco.

5. [Mecânica] [Mecânica] Peça que faz parte do sistema de travagem de um veículo (ex.: calços de travão para bicicleta).

6. [Brasil] [Brasil] Rasteira.

etimologiaOrigem etimológica: derivação regressiva de calçar.
iconeConfrontar: calco.
calçarcalçar
( cal·çar

cal·çar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Aplicar o calçado ou as meias ao pé.

2. Vestir, pôr (calças, ceroulas, luvas ou esporas).

3. Prover de calçado.

4. Empedrar.

5. Pôr calço em.

6. Acerar, revestir de aço (ferramentas).

7. Chegar e conchegar terra (ao tronco da planta).

8. Usar luvas ou calçado de determinado número de pontos da craveira.

etimologiaOrigem etimológica: latim calceo, -are.
iconeConfrontar: calcar.
CalçoCalço

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Traduzir "Calço" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



Tenho ouvido muito a conjugação do verbo precisar acompanhado da preposição de. Exemplo: Eu preciso DE fazer o trabalho para segunda. Eu acho que está errado, mas não sei explicar gramaticalmente. Esta conjugação é possível?
O verbo precisar, quando significa ‘ter necessidade de alguma coisa’, é transitivo indirecto e rege um complemento oblíquo introduzido pela preposição de. Este complemento pode ser um grupo nominal (ex.: eu preciso de mais trabalho) ou um verbo no infinitivo (ex.: eu preciso de trabalhar mais).

Há ocorrências, sobretudo no português do Brasil, da ausência da preposição de (ex.: eu preciso mais trabalho, eu preciso trabalhar mais), embora este uso como transitivo directo seja desaconselhado por alguns gramáticos. A ausência da preposição é, no entanto, considerada aceitável quando o complemento do verbo é uma oração completiva introduzida pela preposição que (ex.: eu preciso [de] que haja mais trabalho), mas esta omissão deve ser evitada em registos formais ou cuidados, pois o seu uso não é consensual.




Diz-se "vendem-se casas" ou "vende-se casas"?
Do ponto de vista exclusivamente linguístico, nenhuma das duas expressões pode ser considerada incorrecta.

Na frase Vendem-se casas, o sujeito é casas e o verbo, seguido de um pronome se apassivante, concorda com o sujeito. Esta frase é equivalente a casas são vendidas.

Na frase Vende-se casas, o sujeito indeterminado está representado pelo pronome pessoal se, com o qual o verbo concorda. Esta frase é equivalente a alguém vende casas.

Esta segunda estrutura está correcta e é equivalente a outras estruturas muito frequentes na língua com um sujeito indeterminado (ex.: não se come mal naquele restaurante; trabalhou-se pouco esta semana), apesar de ser desaconselhada por alguns gramáticos, sem contudo haver argumentos sólidos para tal condenação. Veja-se, por exemplo, a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso CUNHA e Lindley CINTRA [Edições Sá da Costa, 1984, 14ª ed., pp. 308-309], onde se pode ler “Em frases do tipo: Vendem-se casas. Compram-se móveis. considera-se casas e móveis os sujeitos das formas verbais vendem e compram, razão por que na linguagem cuidada se evita deixar o verbo no singular”.