PT
BR
Pesquisar
Definições



viveis

A forma viveisé [segunda pessoa plural do presente do indicativo de viverviver].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
viverviver
|ê| |ê|
( vi·ver

vi·ver

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo intransitivo

1. Ter vida. = EXISTIR

2. Passar (a vida). = EXISTIR

3. Passar a vida de tal ou tal maneira.

4. Ter determinado comportamento ou procedimento. = CONDUZIR-SE, PORTAR-SE, PROCEDER

5. Proporcionar-se o alimento e o necessário para a vida. = ALIMENTAR-SE

6. Entreter relações sociais ou amicais.

7. Conservar-se, durar, passar aos vindouros. = CONVIVER

8. Gozar a vida; aproveitar-se da vida; tirar vantagem de tudo.

9. Passar toda ou a maior parte da existência em; não poder existir fora de.

10. Ter habitação habitual em. = MORAR, RESIDIR


verbo transitivo

11. Desfrutar de uma situação ou de um momento. = GOZAR

12. Durar por determinado tempo.


nome masculino

13. Processo do que está vivo e perdura. = VIDA

14. Procedimento, comportamento.

etimologiaOrigem etimológica:latim vivo, -ere.

viveisviveis

Auxiliares de tradução

Traduzir "viveis" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



Está correcta a palavra bidãos como plural de bidão ou deveria ser bidões?
A palavra bidão forma o plural regular bidões e não *bidãos.



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).