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recuo

A forma recuopode ser [primeira pessoa singular do presente do indicativo de recuarrecuar] ou [nome masculino].

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recuorecuo
( re·cu·o

re·cu·o

)


nome masculino

1. Acto ou efeito de recuar. = RECUA, RECUADA, RECUAMENTO

2. Movimento para trás, efectuado por uma arma de fogo no momento do disparo.

3. [Figurado] [Figurado] Movimento em sentido contrário ao progresso.

4. Afastamento no espaço e no tempo.

etimologiaOrigem etimológica:derivação regressiva de recuar.

recuarrecuar
( re·cu·ar

re·cu·ar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo intransitivo

1. Andar para trás. = RETROCEDER, RETROGRADAR

2. Fazer marcha atrás.

3. Perder terreno. = CEDER

4. Não prosseguir. = CEDER, HESITAR, RENUNCIAR

5. Acuar; acobardar-se.

6. Bater em retirada. = DESISTIR, RETIRAR


verbo transitivo

7. Empurrar para trás.

8. Fazer retroceder.

9. Colocar aquém.

etimologiaOrigem etimológica:re- + cu + -ar.

recuorecuo

Auxiliares de tradução

Traduzir "recuo" para: Espanhol Francês Inglês

Anagramas



Dúvidas linguísticas



Estava com dúvida quanto à escrita do algarismo 16, e procurando resposta no site, fiquei com mais dúvida ainda: dezesseis ou dezasseis? E porquê?
O algarismo 16 pode escrever-se de duas formas: dezasseis é a forma usada em Portugal e dezesseis a forma usada no Brasil. A forma com e aparenta ser a mais próxima da etimologia: dez + e + seis; a forma com a é uma divergência dessa. Esta dupla grafia, cuja razão exacta se perde na história da língua, verifica-se também com os números 17 (dezassete/dezessete) e 19 (dezanove/dezenove).




Tenho duas questões a colocar-vos, ambas directamente relacionadas com um programa televisivo sobre língua portuguesa que me impressionou bastante pela superficialidade e facilidade na análise dos problemas da língua. Gostaria de saber então a vossa avisada opinião sobre os seguintes tópicos: 1) no plural da palavra "líder" tem de haver obrigatoriamente a manutenção da qualidade da vogal E? 2) poderá considerar-se que a expressão "prédio em fase de acabamento" é um brasileirismo?
1) No plural da palavra líder, a qualidade da vogal postónica (isto é, da vogal que ocorre depois da sílaba tónica) pode ser algo problemática para alguns falantes.
Isto acontece porque, no português europeu, as vogais a, e e o geralmente não se reduzem foneticamente quando são vogais átonas seguidas de -r em final de palavra (ex.: a letra e de líder, lê-se [ɛ], como a letra e de pé e não como a de se), contrariamente aos contextos em que estão em posição final absoluta (ex.: a letra e de chave, lê-se [i], como a letra e de se e não como a de pé). No entanto, quando estas vogais deixam de estar em posição final de palavra (é o caso do plural líderes, ou de derivados como liderar ou liderança), já é possível fazer a elevação e centralização das vogais átonas, uma regularização muito comum no português, alterando assim a qualidade da vogal átona de [ɛ] para [i], como na alternância comédia > comediante ou pedra > pedrinha. Algumas palavras, porém, mantêm inalterada a qualidade vocálica mesmo em contexto átono (ex.: mestre > mestrado), apesar de se tratar de um fenómeno não regular. Por este motivo, as pronúncias líd[i]res ou líd[ɛ]res são possíveis e nenhuma delas pode ser considerada incorrecta; esta reflexão pode aplicar-se à flexão de outras palavras graves terminadas em -er, como cadáver, esfíncter, hambúrguer, pulôver ou uréter.

2) Não há qualquer motivo linguístico nem estatístico para considerar brasileirismo a expressão em fase de acabamento. Pesquisas em corpora e em motores de busca demonstram que a expressão em fase de acabamento tem, no português europeu, uma frequência muito semelhante a em fase de acabamentos.