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récua

Será que queria dizer recua?
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récuarécua
( ré·cu·a

ré·cu·a

)


nome feminino

1. Fileira de bestas de carga que vão presas umas atrás das outras. = RÉCOVA

2. Carga que essas bestas conduzem. = RÉCOVA

3. Grupo de cavalgaduras. = MANADA, RÉCOVA

4. [Depreciativo] [Depreciativo] Grupo de pessoas de má fama. = BANDO, CATERVA, CORJA, MALTA, SÚCIA

etimologiaOrigem etimológica:árabe ar-rakbâ, grupo de viajantes montados.
Confrontar: recua, reicua.


Dúvidas linguísticas


Gostaria que me explicassem se a palavra secados (plural de secado) existe. Se a resposta for sim, porque não a encontro em nenhum dicionário?
O verbo secar tem duplo particípio passado: secado e seco. Nos verbos em que este fenómeno acontece, o particípio regular (ex.: secado) é geralmente usado com os auxiliares ter e haver para formar tempos compostos (ex.: a roupa já tinha secado; havia secado a loiça com um pano) e as formas do particípio irregular (ex.: seco, seca, secos, secas) são usadas maioritariamente com os auxiliares ser e estar para formar a voz passiva (ex.: a loiça foi seca com um pano; a roupa estava seca pelo vento) e assumem mais facilmente o papel adjectival (ex.: este bolo ficou demasiado seco). Por este motivo, é usual não haver flexão do particípio regular, pois este não é geralmente usado como adjectivo, não flexionando em género, número ou grau (ex.: *secada, *secados, *secadas; *muito secado; o asterisco indica agramaticalidade).

Estas considerações, tomadas da gramática tradicional, têm no entanto muitas excepções, o que evidencia a problemática da questão e a ausência de respostas peremptórias para certas questões linguísticas. A título de exemplo, podemos referir que há verbos cujo particípio abundante não é consensual (com resoluto e resolvido, por exemplo, não é claro se o primeiro é particípio irregular de resolver ou adjectivo cognato; relativamente ao verbo ganhar não é unânime a existência do particípio ganhado a par de ganho); há verbos cujo particípio regular, ao contrário de secado, também tem uso adjectival (ex.: confundido, empregado); há até indicações de alguns gramáticos para diferenças de utilização dos dois particípios baseadas em critérios semânticos e não sintácticos (por exemplo, Cunha e Cintra, na Nova Gramática do Português Contemporâneo [Lisboa: Ed. João Sá da Costa, 1998, p. 442], sugerem que o verbo imprimir só tem duplo particípio quando significa ‘estampar, gravar’, com o exemplo Este livro foi impresso em Portugal, e não quando significa ‘imprimir movimento’, com o exemplo Foi imprimida enorme velocidade ao carro).




Visto que não havia artigos definidos ou indefinidos na língua latina, de onde teriam vindo os artigos do português? Melhor perguntando: qual a etimologia dos nossos artigos?
Os artigos definidos e indefinidos portugueses derivam do latim, apesar de nesta língua não existirem artigos tais como os conhecemos em português.

O artigo definido o tem origem no latim illum, -am, acusativo do pronome e determinante demonstrativo ille, -a, -ud (“aquele, aquilo”). Este originou a forma lo, do português arcaico, e as suas flexões, das quais derivam as formas actuais do artigo definido em português.

O artigo indefinido um tem origem no numeral latino unus.