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Solto

A forma Soltopode ser [masculino singular particípio passado de soltarsoltar], [primeira pessoa singular do presente do indicativo de soltarsoltar] ou [adjectivoadjetivo].

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soltosolto
|ô| |ô|
( sol·to

sol·to

)


adjectivoadjetivo

1. Que se soltou.

2. Que não está colado ou ligado a outro. = DESATADO, LIVRE

3. Que está em liberdade. = LIVREPRESO

4. Desobrigado.

5. Desafogado; desoprimido.

6. Quite.

7. Pando; frouxo.

8. Espalhado; desagregado.

9. Licencioso; dissoluto.

10. Que tem perturbações intestinais, geralmente diarreia (ex.: ventre solto).

11. [Marinha] [Marinha] Sem ancoradouro certo (ex.: navio solto).

12. [Versificação] [Versificação] Não rimado (ex.: verso solto). = BRANCO, LIVRE

vistoPlural: soltos |ô|.
etimologiaOrigem etimológica:latim *soltus, de solutus, -a, -um, particípio passado de solvo, -ere, desatar, desligar, libertar.
iconPlural: soltos |ô|.
soltarsoltar
( sol·tar

sol·tar

)
Conjugação:regular.
Particípio:abundante.


verbo transitivo

1. Tornar livre.

2. Desprender; desatar; desembaraçar.

3. Desfraldar (velas).

4. Atirar; arremessar; expelir.

5. Emitir (gemidos).

6. Largar da mão.

7. Pronunciar.

8. Explicar.

9. Desmanchar.

10. Afrouxar.

11. Desjungir (animais).


verbo intransitivo

12. Sair; pôr-se a caminho.


verbo pronominal

13. Fugir da prisão.

14. Desprender-se.

15. Desfraldar-se.

16. Tornar-se pando, afrouxar.

etimologiaOrigem etimológica:solto + -ar.
SoltoSolto

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Dúvidas linguísticas



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).




Gostaria de saber qual a combinação linguística mais correcta no seguinte caso: Grandes Centros de Decisão ou Grandes Centros de Decisões.
A locução de base da dúvida colocada é centro de decisão, e é uma locução que já se encontra relativamente cristalizada na língua. Se quisermos pluralizar esta locução, pluralizaremos naturalmente em centros de decisão, pois trata-se de uma locução formada por um substantivo seguido da preposição de e de outro substantivo e nestes casos geralmente só flexiona o primeiro substantivo. Quando se antecede a locução de um adjectivo (grande, no caso), a flexão será idêntica: grande centro de decisão --> grandes centros de decisão. Esta explicação será mais clara se o exemplo for mais prosaico: se tivermos uma locução como casa de banho (ex.: o apartamento tem uma casa de banho) e a quisermos pluralizar, flexionaremos intuitivamente como casas de banho (ex.: o apartamento tem duas casas de banho).

O que foi dito anteriormente não invalida que se possa utilizar a locução centro de decisões, menos usual, mas também possível e sem nenhuma incorrecção. Poder-se-ia igualmente qualificar esta locução com um adjectivo (grande centro de decisões) e pluralizá-la (grandes centros de decisões).