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desmanchar

A forma desmancharpode ser[verbo pronominal], [verbo transitivo e pronominal] ou [verbo transitivo].

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desmanchar1desmanchar1
( des·man·char

des·man·char

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Anular ou modificar a forma, a aparência. = DESARRANJAR, DESCOMPOR, DESFAZER

2. Deitar abaixo.

3. Desarticular, partir aos pedaços ou desossar uma peça de carne.

4. Não levar a efeito. = RESCINDIR, REVOGAR

5. [Informal] [Informal] Provocar um aborto.


verbo transitivo e pronominal

6. Tirar ou perder o controlo das reacções.


verbo pronominal

7. Desfazer-se.

8. Desconjuntar-se ao andar; menear-se muito.

9. [Informal] [Informal] Fazer algo excessiva ou exageradamente (ex.: desmanchar-se em elogios).

10. [Informal] [Informal] Dizer (por descuido) o que não deveria ser revelado. = DESCAIR-SE

etimologiaOrigem etimológica:francês antigo desmancher, tirar o cabo, hoje francês démancher.

desmanchar2desmanchar2
( des·man·char

des·man·char

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

Tirar uma ou mais manchas. = DESENODOAR

etimologiaOrigem etimológica:des- + manchar.

desmanchardesmanchar

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Anagramas



Dúvidas linguísticas



Tenho uma dúvida na utilização dos pronomes "lhe" ou "o". Por exemplo, nesta frase, qual é a forma correta: "para Carlos não lhe perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda" ou " para Carlos não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda"?
A questão que nos coloca toca uma área problemática no uso da língua, pois trata-se de informação lexical, isto é, de uma estrutura que diz respeito a cada palavra ou constituinte frásico e à sua relação com as outras palavras ou outros constituintes frásicos, e para a qual não há regras fixas. Na maioria dos casos, os utilizadores conhecem as palavras e empregam as estruturas correctas, e normalmente esse conhecimento é tanto maior quanto maior for a experiência de leitura do utilizador da língua.

No caso dos pronomes clíticos de objecto directo (o, os, a, as, na terceira pessoa) ou de objecto indirecto (lhe, lhes, na terceira pessoa), a sua utilização depende da regência do verbo com que se utilizam, isto é, se o verbo selecciona um objecto directo (ex.: comeu a sopa = comeu-a) ou um objecto indirecto (ex.: respondeu ao professor = respondeu-lhe); há ainda verbos que seleccionam ambos os objectos, pelo que nesses casos poderá dar-se a contracção dos pronomes clíticos (ex.: deu a bola à criança = deu-lhe a bola = deu-lha).

O verbo perturbar, quando usado como transitivo, apenas selecciona objectos directos não introduzidos por preposição (ex.: a discussão perturbou a mulher; a existência perturbava Carlos), pelo que deverá apenas ser usado com pronomes clíticos de objecto directo (ex.: a discussão perturbou-a; a existência perturbava-o) e não com pronomes clíticos de objecto indirecto.

Assim sendo, das duas frases que refere, a frase “para Carlos, não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda” pode ser considerada mais correcta, uma vez que respeita a regência do verbo perturbar como transitivo directo. Note que deverá usar a vírgula depois de “para Carlos”, uma vez que se trata de um complemento circunstancial antecipado.




Existe na língua portuguesa "dativo de interesse" tal como existe em castelhano?
Em português, o pronome de interesse é de uso bastante frequente, sobretudo num nível de linguagem mais coloquial. Em frases como come-me a sopa ou tu não me sejas bisbilhoteiro, o dativo de interesse, ou dativo ético, tem função meramente expressiva ou enfática. Este tipo de construção indica que a pessoa que fala está claramente interessada na exortação que faz ou na realização do seu desejo ou da sua vontade.