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estreáramos

A forma estreáramosé [primeira pessoa plural do pretérito mais-que-perfeito do indicativo de estrearestrear].

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estrearestrear
( es·tre·ar

es·tre·ar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Usar pela primeira vez (ex.: estrear uma peça de roupa; estrear um carro).

2. Ser o primeiro a servir-se de ou a começar; dar início a (ex.: estrear um vinho). = ABRIR, ENCETAR, INAUGURAR


verbo transitivo, intransitivo e pronominal

3. Apresentar ou ser exibido ao público pela primeira vez (ex.: a banda estreia novo álbum no próximo mês; o espectáculo já estreou; o filme estreou-se ontem nas salas de cinema da capital).


verbo transitivo e pronominal

4. Iniciar alguém em alguma actividade ou fazer alguma coisa pela primeira vez (ex.: foi o treinador lisboeta que a estreou no futebol profissional; estreou-se como cozinheiro no restaurante dos pais).

etimologiaOrigem etimológica:estreia + -ar.

iconeConfrontar: estriar.
estreáramosestreáramos

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Dúvidas linguísticas



Deparei-me com um problema linguístico ao qual não sei dar resposta. Como se deve escrever: semi sombra, semisombra, semi-sombra ou semissombra?
A grafia correcta é semi-sombra, se estiver a utilizar a ortografia segundo o Acordo Ortográfico de 1945, isto é, anterior ao Acordo Ortográfico de 1990. Segundo o Acordo de 1945, na base XXIX, e segundo o Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo Gonçalves, o prefixo semi- só se escreve com hífen quando a palavra que se lhe segue começa por h (ex.: semi-homem), i (ex.: semi-inconsciente), r (ex.: semi-racional) ou s (ex.: semi-selvagem). Já o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras, acrescenta que este prefixo é grafado com hífen sempre que a palavra que se lhe segue começa por qualquer vogal. Daí a divergência na escrita entre a norma portuguesa (ex.: semiaberto, semiesfera, semioficial, semiuncial) e a norma brasileira (ex.: semi-aberto, semi-esfera, semi-oficial, semi-uncial).

Se, porém, estiver a utilizar a grafia segundo o Acordo Ortográfico de 1990, a grafia correcta é semissombra. Segundo este acordo, na sua Base XVI, não se emprega o hífen "nas formações em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s, devendo estas consoantes duplicar-se" (ex.: semirracional, semissegredo). Ainda segundo esta mesma base, deixa de haver divergência entre a norma portuguesa e a brasileira, pois apenas deverá ser usado o hífen quando a palavra seguinte começa por h (ex.: semi-histórico) ou pela mesma vogal em que termina o prefixo (ex.: semi-internato) e não quando se trata de vogal diferente (ex.: semiautomático).




Podem informar-me se o verbo queixar-se pode ser utilizado sem o pronome reflexivo e em que situação isso ocorre.
O verbo queixar-se é um verbo pronominal; no entanto, o pronome se não é um pronome reflexo, mas o que é designado por “se inerente”. Esta construção é diferente da construção reflexa lavar-se, em que o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente da sua acção (eu lavo-me = eu sou lavado por mim), ou da construção reflexa recíproca beijar-se, em que um sujeito complexo ou colectivo é ao mesmo tempo agente e paciente da mesma acção (o casal beija-se = cada um dos elementos do casal beija e é beijado); em ambas estas construções, o pronome reflexo desempenha uma função de complemento directo. Na construção queixar-se, porém, não há uma acção do sujeito sobre si próprio (eu queixo-me = *eu sou queixado por mim; o asterisco indica agramaticalidade), e o pronome pessoal não tem valor reflexo, nem reflexo recíproco, nem impessoal, nem apassivante, mas parece fazer parte do verbo e das suas propriedades lexicais. No caso de queixar-se, nenhuma das acepções do verbo permite outra forma que não a pronominal (ex.: *ele queixou à irmã; *o doente queixava de dores de cabeça). Há ainda o caso de outros verbos que admitem quer uma construção não pronominal (ex.: esqueci o livro em casa) quer uma construção pronominal com um se inerente (ex.: esqueci-me do livro em casa).