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aventavam

A forma aventavamé [terceira pessoa plural do pretérito imperfeito do indicativo de aventaraventar].

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aventar1aventar1
( a·ven·tar

a·ven·tar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Atirar ou pôr ao ar (ex.: aventar o grão, para que o vento o limpe). = AREJAR, VENTILAR

2. [Figurado] [Figurado] Expor à vista. = MOSTRAR

3. Apresentar como proposta, sugestão ou hipótese (ex.: aventava duas explicações possíveis; com estes resultados, podemos aventar que o exercício físico ajuda a concentração escolar). = ALVITRAR, PROPOR, SUGERIR

4. Sentir de forma vaga ou instintiva que há-de acontecer (ex.: aventou que era uma mentira). = ADIVINHAR, AVENTURAR, ENTREVER, INTUIR, PRESSENTIR, SUSPEITAR


verbo transitivo e pronominal

5. Fazer descoberta do que está escondido ou é difícil de encontrar (ex.: conseguia aventar as tocas dos coelhos o segredo aventou-se). = DESCOBRIR


verbo intransitivo

6. [Brasil: Nordeste] [Brasil: Nordeste] Retirar a forma do pão de açúcar.


verbo intransitivo e pronominal

7. Ficar irritado. = IRRITAR-SE

etimologiaOrigem etimológica:a- + vento + -ar.
aventar2aventar2
( a·ven·tar

a·ven·tar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

Segurar pelas ventas.

etimologiaOrigem etimológica:a- + venta + -ar.

Auxiliares de tradução

Traduzir "aventavam" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).




É possível utilizar a palavra coleccionismo? Qual a justificação para não se poder utilizar?
Não há qualquer motivo para não poder utilizar coleccionismo. Este substantivo, que designa a actividade de coleccionar, está correctamente formado (da raiz latina collectio, -onis "colecção" + sufixo -ismo) e surge registado em muitos dicionários de língua.