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vento

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ventovento
( ven·to

ven·to

)


nome masculino

1. Ar atmosférico que se desloca naturalmente, seguindo determinada direcção.

2. Movimento do ar assim deslocado.

3. Ar agitado, por qualquer meio (ex.: vento do ar condicionado).

4. Ar em geral.

5. Falha ou defeito em obra fundida, proveniente de algum ar, que entrou no metal durante a solidificação.

6. Gás contido no corpo do homem e dos animais. = FLATULÊNCIA, VENTOSIDADE

7. [Figurado] [Figurado] Influência favorável ou desfavorável (ex.: sentiu que maus ventos se aproximavam; foi levado por bons ventos). = SORTE

8. Vaidade, orgulho.

9. Faro.

10. [Figurado] [Figurado] Coisa rápida.

11. Coisa vã, inane.

12. [Brasil: Rio de Janeiro, Informal] [Brasil: Rio de Janeiro, Informal] Qualquer quantia de dinheiro. = BAGO, BUFUNFA, CACAU, CARAMINGUÁ, CAROÇO, GRANA, JABACULÊ, JIBUNGO, JIMBO, JIMBRA, MASSA, TUTU

ventos


nome masculino plural

13. [Portugal: Trás-os-Montes] [Portugal: Trás-os-Montes] Fendas de uma pedra.


andar com todos os ventos

[Informal] [Informal] Ser inconstante, concordar com qualquer opinião.

aos quatro ventos

[Informal] [Informal] Muito alto ou em todas as direcções.

beber os ventos por

[Informal] [Informal] Gostar muito de ou estar disposto a tudo para servir alguém.

cheio de vento

[Informal] [Informal] Com muita vaidade, imodéstia ou presunção (ex.: ninguém gosta de pessoas cheias de vento).

com vento fresco

[Informal] [Informal] Sem dizer nada, sem-cerimónia.

de vento em popa

Com vento favorável (ex.: navegar de vento em popa).

[Informal] [Informal] De maneira próspera ou favorável (ex.: a loja vai de vento em popa).

vento encanado

[Informal, Regionalismo] [Informal, Portugal: Regionalismo] Movimento de ar num espaço geralmente fechado. = AR ENCANADO, CORRENTE DE AR

vento ponteiro

O que sopra do lado para onde se quer navegar.

etimologiaOrigem etimológica: latim ventus, -i.
ventovento

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Traduzir "vento" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



Tenho uma dúvida sobre a existência ou não da palavra desposicionado, ou seja, utilizo a expressão para dizer o contrário de posicionado. Por exemplo: Um jogador está bem posicionado no campo, ou está desposicionado (quando não está bem posicionado).
O verbo desposicionar (assim como o adjectivo participial desposicionado) não se encontra registado em nenhum dos dicionários de língua portuguesa por nós consultados, mas as pesquisas em corpora e na Internet evidenciam que se trata de palavra bastante usada actualmente em contextos desportivos, com o significado "sair da posição previamente definida" ou "deslocar-se da posição regulamentar".

Esta palavra tem uma formação regular através da aposição do prefixo des- (muito produtivo em português) ao verbo posicionar, pelo que, apesar de não se encontrar ainda atestada em obras lexicográficas, o seu uso é inteiramente lícito.




1. Como deve ser a concordância sujeito-predicado para nomes como os Camarões, as ilhas Maurícias, etc.? Deve o verbo estar no singular ou no plural?
2. No caso de países cujo nome começa com a palavra ilha ou ilhas, a primeira letra destas duas palavras deve grafar-se com maiúscula ou com minúscula? Ou seja, deve escrever-se Ilhas Maurícias ou ilhas Maurícias, por exemplo?
1. O verbo deve sempre concordar em número e pessoa com o sujeito, caso ele exista. Como, neste caso, o sujeito é plural (os Camarões), o verbo deverá estar igualmente no plural (ex.: Os Camarões são um Estado africano). No entanto, caso decidisse pelo uso de um precedente que designasse a organização política desse Estado, o verbo teria de concordar com essa designação e não com o nome do topónimo propriamente dito (ex.: A república dos Camarões situa-se no continente africano).

2. O Acordo Ortográfico de 1990 não se pronuncia explicitamente sobre esta questão, o mesmo acontecendo com o Acordo Ortográfico de 1945 e o Formulário Ortográfico de 1943, os textos legais anteriormente em vigor, respectivamente, para a norma europeia e para a norma brasileira do português.

Sobre esta questão, Rebelo Gonçalves pronuncia-se no seu Tratado de Ortografia da Língua Portuguesa (Coimbra: Atlântida, 1947, pp. 337-339), dizendo que se emprega minúscula inicial “Nos substantivos que significam  acidentes geográficos, tais como arquipélago, baía, cabo, ilha, lago, mar, monte, península, rio, serra, vale e tantos outros, quando seguidos de designações que os especificam toponimicamente". O autor lista como exemplos arquipélago dos Açores, baía de Guanabara, ilha da Madeira, ilhas Berlengas, ilha Terceira, mar Mediterrâneo ou monte Branco, entre outros.  Nesta regra inserir-se-ia o topónimo ilhas Maurícias, uma vez que a palavra ilhas, neste caso, apenas indica as características geográficas das Maurícias (designação comum da República da Maurícia, em português de Portugal, ou República de Maurício, em português do Brasil). Rebelo Gonçalves especifica algumas excepções a esta regra, quando, por exemplo, se utilizam topónimos em nomes de vias públicas (Rua da Ilha do Faial e não Rua da ilha do Faial) ou em títulos de obras (Tragicomédia Pastoril da Serra da Estrela e não Tragicomédia Pastoril da serra da Estrela). Estabelece ainda outra excepção quando se trata de combinações vocabulares que formam  locuções ou compostos toponímicos, i. e., locuções de onde não se pode omitir o substantivo que designa o acidente geográfico (ex.: Península Ibérica, Costa do Ouro, Monte Redondo, Serra de El-Rei).

Como foi referido acima, o Acordo Ortográfico de 1990 não se debruça explicitamente sobre esta questão, mas, implicitamente, parece não contrariar as indicações de Rebelo Gonçalves, uma vez que, a propósito de outros assuntos, o texto apresenta exemplos como “ilha de Santiago” (Base XVIII) ou o composto toponímico “Baía de Todos-os-Santos” (Base XV).