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escrevemos

A forma escrevemospode ser [primeira pessoa plural do presente do indicativo de escreverescrever] ou [primeira pessoa plural do pretérito perfeito do indicativo de escreverescrever].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
escreverescrever
|vê| |vê|
( es·cre·ver

es·cre·ver

)
Conjugação:regular.
Particípio:irregular.


verbo transitivo

1. Pôr, dizer ou comunicar por escrito (ex.: escrever uma nota de imprensa). = REDIGIR

2. Encher de letras (ex.: escreveu duas folhas).

3. Criar uma obra literária, musical ou científica (ex.: escrever uma sonata; escrever uma tese). = COMPOR

4. Dar forma escrita a (ex.: não sabe escrever o seu nome; escreveu Garrett só com um t). = GRAFAR, ORTOGRAFAR

5. [Figurado] [Figurado] Fixar, gravar.

6. [Brasil] [Brasil] Passar uma multa a. = MULTAR


verbo transitivo e pronominal

7. Dirigir-se por escrito a alguém (ex.: escreveu uma carta à mãe; escrever um email; os namorados escreviam-se).


verbo intransitivo

8. Representar o pensamento por meio de caracteres de um sistema de escrita (ex.: aprendeu a escrever aos cinco anos).

9. Formar letras.

10. Ser escritor.

11. [Brasil] [Brasil] Cambalear ou ziguezaguear.


verbo pronominal

12. Trocar cartas. = CARTEAR-SE, CORRESPONDER-SE

etimologiaOrigem etimológica:latim scribo, -ere.

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Dúvidas linguísticas



Tenho informações de que a palavra adequar é verbo defectivo e portanto, dizer "eu adequo" estaria errado por não existir esta conjugação.
Nem sempre há consenso entre os gramáticos quanto à defectividade de um dado verbo. É o que acontece no presente caso: o Dicionário Aurélio Eletrônico, por exemplo, regista o verbo adequar como defectivo, conjugando-o apenas parcialmente, enquanto o Dicionário Eletrônico Houaiss conjuga o verbo em todas as suas formas. A este respeito convém talvez transcrever o que diz Rebelo Gonçalves (que conjuga igualmente o referido verbo em todas as formas) no seu Vocabulário da Língua Portuguesa (1966: p. xxx):

"3. Indicando a conjugação de verbos defectivos, incluímos nela, donde a onde, formas que teoricamente podem suprir as que a esses verbos normalmente faltam. Critério defensável, parece-nos, porque não custa admitir, em certos casos, que esta ou aquela forma, hipotética hoje, venha a ser real amanhã; e, desde que bem estruturada, serve de antecipado remédio a possíveis inexactidões."

A defectividade verbal ocorre geralmente por razões de pronúncia (por exemplo, para não permitir sequências sonoras estranhas ou desagradáveis ao ouvido dos falantes como *coloro em “Eu coloro com tinta verde.” [leia-se: “Eu estou a colorir com tinta verde” / “Eu estou colorindo com tinta verde”]) ou por razões de significado (nem sempre a ideia transmitida pelo verbo é passível de ser expressa por todas as pessoas gramaticais). No entanto, convém ter em mente, como afirma Rebelo Gonçalves, que o termo (no caso, uma forma verbal) que hoje não passa de uma hipótese, futuramente poderá ser uma realidade.

No caso em análise, será correcta uma frase como "eu adequo a minha linguagem ao público a que me dirijo".




As palavras Aveiro e petrologia lêem-se uma com o a aberto e a outra com o e aberto. Reparo no entanto a falta de acentuação. Será que isto se deverá à etimologia das palavras?
A acentuação gráfica das palavras em português não serve para indicar a qualidade das vogais, mas sim para marcar a sílaba tónica. Assim, Aveiro e petrologia não têm acento gráfico porque se trata de palavras graves (acentuadas nas sílabas -vei- e -gi-, respectivamente), que, de um modo geral, não são acentuadas graficamente no sistema ortográfico português.

O facto de a primeira poder ser lida com um a aberto e a segunda com um e aberto (embora a pronúncia de petrologia com e central fechado, como o e de se, seja muito mais comum no português europeu) não implica a necessidade de uso de diacrítico. Veja-se, a título de exemplo, o caso dos homógrafos forma (ó) e forma (ô), a que correspondem sentidos e produções fonéticas diferentes, mas cuja distinção é feita através do contexto em que ocorrem e não através do uso de acentuação gráfica (o Acordo Ortográfico de 1990 indica que o uso do acento circunflexo é facultativo no caso destes homógrafos).

Segundo o Acordo Ortográfico de 1945, há casos excepcionais de uso dos acentos gráficos, sempre em sílabas tónicas, para distinção entre palavras homónimas com categorias morfossintácticas diferentes (ex.: pelo [preposição] / pêlo [nome] ; para [preposição] / pára [forma do verbo parar]). O Acordo de 1990 prevê que o acento distintivo nos exemplos acima mencionados seja eliminado, mas mantém-no no caso de por [preposição] / pôr [verbo].