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retalhada

A forma retalhadapode ser [feminino singular de retalhadoretalhado] ou [feminino singular particípio passado de retalharretalhar].

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retalharretalhar
( re·ta·lhar

re·ta·lhar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Cortar em várias peças ou retalhos.

2. Talhar, fender de alto a baixo.

3. Golpear, fazer retalhaduras em.

4. Ferir.

5. Matar a golpes.

6. Recortar.

7. Lavrar; sulcar.

8. Espatifar, dar pouco a pouco cabo de.

9. [Antigo] [Antigo] Vender a retalho.

10. [Brasil] [Brasil] Praticar no cavalo a operação que o inutiliza para a procriação.

etimologiaOrigem etimológica:re- + talhar.

retalhadoretalhado
( re·ta·lha·do

re·ta·lha·do

)


adjectivoadjetivo

1. Que se retalhou, que se fez em pedaços.

2. Ferido ou golpeado com instrumento cortante.

3. Dividido; cortado.

4. [Brasil] [Brasil] Diz-se do garanhão impossibilitado, por operação cirúrgica, de fecundar as éguas.


nome masculino

5. Recorte ornamental, em trabalhos de olaria.

etimologiaOrigem etimológica:particípio de retalhar.

retalhadaretalhada

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Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Meia voz ou meia-voz? Nas buscas que fiz encontrei meia voz usado comummente em Portugal e meia-voz usado no Brasil.
O registo lexicográfico não é unânime no registo de palavras hifenizadas (ex.: meia-voz) versus locuções (ex.: meia voz), como se poderá verificar pela consulta de algumas obras de referência para o português. Assim, podemos observar que é registada a locução a meia voz, por exemplo, no Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo GONÇALVES (Coimbra: Coimbra Editora, 1966), no Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa (Lisboa: Editorial Verbo, 2001), no Novo Dicionário Aurélio (Curitiba: Editora Positivo, 2004); esta é também a opção do Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, na entrada voz. Por outro lado, a palavra hifenizada meia-voz surge registada no Dicionário Houaiss (Lisboa: Círculo de Leitores, 2002).

Esta falta de consenso nas obras lexicográficas é consequência da dificuldade de uso coerente do hífen em português (veja-se a este respeito a Base XV do Acordo Ortográfico de 1990 ou o texto vago e pouco esclarecedor da Base XXVIII do Acordo Ortográfico de 1945 para a ortografia portuguesa). Um claro exemplo da dificuldade de registo lexicográfico é o registo, pelo Grande Dicionário da Língua Portuguesa (Porto: Porto Editora, 2004), da locução a meia voz no artigo voz a par do registo da locução a meia-voz no artigo meia-voz.