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cobradas

A forma cobradaspode ser [feminino plural de cobradocobrado] ou [feminino plural particípio passado de cobrarcobrar].

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cobrarcobrar
( co·brar

co·brar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Proceder à cobrança de; pedir ou exigir um pagamento do que é devido (ex.: cobrar uma dívida).

2. Exigir algo em troca ou como resultado de promessa ou compromisso (ex.: cobrar um favor).

3. Passar a ter novamente algo que se perdeu. = READQUIRIR, RECOBRAR, REAVER, RECUPERAR

4. Recuperar forças ou faculdades.

5. Alcançar.

6. [Caça] [Caça] Recolher (o cão) a caça, para a entregar ao caçador.

7. [Desporto] [Esporte] Executar a punição por uma falta ou infracção de que beneficiou uma equipa (ex.: cobrar um penálti).


verbo pronominal

8. Retomar ânimo, alento ou sangue-frio. = RECOBRAR-SE, RESTABELECER-SE

etimologiaOrigem etimológica:redução de recobrar.

iconeConfrontar: sobrar.
cobradocobrado
( co·bra·do

co·bra·do

)


adjectivoadjetivo

Que se cobrou.

etimologiaOrigem etimológica:particípio de cobrar.

iconeConfrontar: sobrado.
cobradascobradas

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Dúvidas linguísticas



Tenho uma dúvida na utilização dos pronomes "lhe" ou "o". Por exemplo, nesta frase, qual é a forma correta: "para Carlos não lhe perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda" ou " para Carlos não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda"?
A questão que nos coloca toca uma área problemática no uso da língua, pois trata-se de informação lexical, isto é, de uma estrutura que diz respeito a cada palavra ou constituinte frásico e à sua relação com as outras palavras ou outros constituintes frásicos, e para a qual não há regras fixas. Na maioria dos casos, os utilizadores conhecem as palavras e empregam as estruturas correctas, e normalmente esse conhecimento é tanto maior quanto maior for a experiência de leitura do utilizador da língua.

No caso dos pronomes clíticos de objecto directo (o, os, a, as, na terceira pessoa) ou de objecto indirecto (lhe, lhes, na terceira pessoa), a sua utilização depende da regência do verbo com que se utilizam, isto é, se o verbo selecciona um objecto directo (ex.: comeu a sopa = comeu-a) ou um objecto indirecto (ex.: respondeu ao professor = respondeu-lhe); há ainda verbos que seleccionam ambos os objectos, pelo que nesses casos poderá dar-se a contracção dos pronomes clíticos (ex.: deu a bola à criança = deu-lhe a bola = deu-lha).

O verbo perturbar, quando usado como transitivo, apenas selecciona objectos directos não introduzidos por preposição (ex.: a discussão perturbou a mulher; a existência perturbava Carlos), pelo que deverá apenas ser usado com pronomes clíticos de objecto directo (ex.: a discussão perturbou-a; a existência perturbava-o) e não com pronomes clíticos de objecto indirecto.

Assim sendo, das duas frases que refere, a frase “para Carlos, não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda” pode ser considerada mais correcta, uma vez que respeita a regência do verbo perturbar como transitivo directo. Note que deverá usar a vírgula depois de “para Carlos”, uma vez que se trata de um complemento circunstancial antecipado.




Se seis meses é um semestre, como se designam cinco meses?
Tal como é referido na resposta quinquimestral, o prefixo de origem latina quinqui- (que indica a noção de “cinco”) é bastante produtivo, sendo possível formar a palavra quinquimestre para designar um período de cinco meses. Esta palavra não se encontra registada em nenhum dos dicionários de língua portuguesa por nós consultados, mas a sua formação respeita as regras morfológicas da língua portuguesa.