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Turra

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turraturra
( tur·ra

tur·ra

)


nome feminino

1. [Informal] [Informal] Acto ou estado de quem repete ou mantém uma afirmação, uma acção ou um comportamento, sem desistir ou aceitar recusa (ex.: tem uma turra de opinião com o colega). = ALTERCAÇÃO, TEIMA, TEIMOSIA

2. [Informal] [Informal] Pancada dada com a testa ou com a cabeça (ex.: dar uma turra).


adjectivo de dois génerosadjetivo de dois géneros

3. [Informal] [Informal] Que tem o hábito de teimar (ex.: que forma tão turra de ver as coisas). = CATURRA, OBSTINADO, TEIMOSO

4. [Informal, Depreciativo] [Informal, Depreciativo] [História] [História] Relativo aos guerrilheiros ou aos movimentos independentistas africanos nos tempos da guerra colonial portuguesa.


adjectivo de dois géneros e nome de dois génerosadjetivo de dois géneros e nome de dois géneros

5. [Informal, Depreciativo] [Informal, Depreciativo] [História] [História] Diz-se de ou guerrilheiro dos movimentos independentistas africanos nos tempos da guerra colonial portuguesa (ex.: chefes turras; os oficiais reuniram com os turras).


às turras

[Informal] [Informal] Em desavença, em conflito (ex.: andar às turras; em vez de resolverem finalmente o problema, preferem ficar ali às turras). = DESAVINDO

etimologiaOrigem etimológica:redução de caturra.
Confrontar: torra.

Esta palavra no dicionário



Dúvidas linguísticas



A palavra seje existe? Tenho um colega que diz que esta palavra pode ser usada na nossa língua.
Eu disse para ele que esta palavra não existe. Estou certo ou errado?
A palavra seje não existe. Ela é erradamente utilizada em vez de seja, a forma correcta do conjuntivo (subjuntivo, no Brasil) do verbo ser. Frases como “Seje bem-vindo!”, “Seje feita a sua vontade.” ou “Por favor, seje sincero.” são cada vez mais frequentes, apesar de erradas (o correcto é: “Seja bem-vindo!”, “Seja feita a sua vontade.” e “Por favor, seja sincero.”). A ocorrência regular de seje pode dever-se a influências de falares mais regionais ou populares, ou até mesmo a alguma desatenção por parte do falante, mas não deixa de ser um erro.



Gostaria de saber qual destas frases está correcta e porquê: a) Se eu fosse rico, ofereceria-lhe... b) Se eu fosse rico, oferecer-lhe-ia...
Quando utiliza um pronome clítico (ex.: o, lo, me, nos) com um verbo no futuro do indicativo (ex. oferecer-lhe-ei) ou no condicional, também chamado futuro do pretérito, (ex.: oferecer-lhe-ia), deverá fazer a mesóclise, isto é, colocar o pronome clítico entre o radical do verbo (ex.: oferecer) e a terminação que indica o tempo verbal e a pessoa gramatical (ex.: -ei ou -ia). Assim sendo, a frase correcta será Se eu fosse rico, oferecer-lhe-ia...

Esta colocação dos pronomes clíticos é aparentemente estranha em relação aos outros tempos verbais, mas deriva de uma evolução histórica na língua portuguesa a partir do latim vulgar. As formas do futuro do indicativo (ex.: oferecerei) derivam de um tempo verbal composto do infinitivo do verbo principal (ex.: oferecer) seguido de uma forma do presente do verbo haver (ex.: hei), o que corresponderia hipoteticamente, no exemplo em análise, a oferecer hei. Se houvesse necessidade de inserir um pronome, ele seria inserido a seguir ao verbo principal (ex.: oferecer lhe hei). Com as formas do condicional (ex. ofereceria), o caso é semelhante, com o verbo principal (ex.: oferecer) seguido de uma forma do imperfeito do verbo haver (ex.: hia < havia), o que corresponderia hipoteticamente, no exemplo em análise, a oferecer hia e, com pronome, a oferecer lhe hia.

É de notar que a reflexão acima não se aplica se houver alguma palavra ou partícula que provoque a próclise do clítico, isto é, a sua colocação antes do verbo (ex.: Jamais lhe ofereceria flores. Sei que lhe ofereceria flores).