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mique

A forma miquepode ser [primeira pessoa e terceira pessoa singular do pretérito perfeito do conjuntivo e do imperativo de micarmicar], [primeira pessoa singular do presente do conjuntivo de micarmicar], [terceira pessoa singular do presente do conjuntivo de micarmicar] ou [nome masculino].

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miquemique
( mi·que

mi·que

)


nome masculino

[Informal] [Informal] Usado na locução nem chique nem mique.

Origem etimológica: origem duvidosa.
micarmicar
( mi·car

mi·car

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. [Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Olhar insistentemente e de forma interessada para algo ou alguém (ex.: ando a micar aquele carro; o tipo micava a mulher descaradamente). = GALAR


verbo intransitivo

2. [Jogos] [Jogos] Fazer mico (no jogo).

3. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Não ser bem-sucedido; não ter sucesso. = FRACASSAR, GORAR

4. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] [Economia] [Economia] Ficar na posse de acção ou título desvalorizados.

Origem etimológica: mico + -ar.
Confrontar: miquear.
mique

Anagramas

Esta palavra no dicionário



Dúvidas linguísticas



Ao pesquisar a palavra BIBLIOTECÁRIO abaixo aparece " (latim bibliothecarius, -ii)". Preciso saber o que significa esse "-ii"?
Na maioria das palavras que derivam de nomes (ou substantivos) latinos, o Dicionário Priberam apresenta esses nomes enunciando-os com o nominativo, seguido de vírgula e da forma do genitivo, representada pela sua terminação. É o caso da etimologia de bibliotecário, em que o latim bibliothecarius corresponde à forma do nominativo e bibliothecarii, representado no dicionário pela terminação -ii, corresponde à forma do genitivo.



Se entre vogais s vale z, o porquê de cozinha e certeza se escreverem com z e não s e o porquê de casa se escrever com s e não com z? Porquê, por exemplo, vaso, casinha, casita, vasito com s entre duas vogais e porquê, por exemplo, leãozinho, leãozito, cãozinho?
A ortografia do português, como a ortografia de qualquer língua, é um conjunto de regras convencionadas e artificiais que procuram reflectir o sistema fonológico e morfológico da língua, em muitos casos com invocação de motivos etimológicos, desconhecidos da maioria dos utilizadores da língua. Por este motivo, são normalmente os utilizadores da língua que mais lêem e escrevem quem melhor domina a ortografia, por desenvolverem uma memória e uma prática ortográfica.

A ortografia portuguesa só começou a ter alguma estabilidade a partir do final do séc. XIX, com o início das reformas ortográficas. A instabilidade anterior a esta altura poderá facilmente ser verificada em textos antigos, em dicionários etimológicos ou em dicionários com formas históricas, como o Dicionário Houaiss (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002). Poderá verificar, por exemplo, que a grafia de casa se encontra atestada como casa em 1221, como quasa, em 1278, como caza, em 1352 ou como cassa, no séc. XIV. Este é apenas um exemplo, mas é possível encontrar casos afins, até no séc. XX, de grafias que nos parecerão muito estranhas, atendendo à ortografia actual, fixada sobretudo a partir da década de 40 do séc. XX, com o Acordo Ortográfico de 1945, para o português europeu e com o Formulário Ortográfico de 1943, para o português do Brasil.

A juntar a estes factores, e também decorrente deles, há o facto de a relação entre os sinais gráficos (as letras) e os sons por eles representados não serem unívocos. Para uma letra (ex.: s) pode então haver várias pronúncias (ex.: [s] em sal, [z] em casa, [S] em cais, [Z] em mesmo) e para um som (ex.: [s]) pode haver várias grafias (ex. sal, massa, macio, coçar, trouxe). Apesar do que foi dito anteriormente, há ortografias que decorrem de processos regulares de derivação etimológica, em muitos casos a partir do latim. Desta forma, o facto de a letra -s- se pronunciar [z] em contextos intervocálicos não invalida que a letra -z- possa ocorrer nesses mesmos contextos, por motivos etimológicos, sobretudo ligados à transformação, na passagem do latim ao português, de consoantes oclusivas latinas (o -c- latino tinha valor de [k]) em consoantes sibilantes antes das letras -e- e -i- (ex.: gallicia > galiza; judiciu(m) > juízo; luce(m) > luz; minacia > ameaça). Este fenómeno, designado assibilação, é comum a várias línguas neolatinas (ex.: judiciu(m) > judicieux [francês], juicio [espanhol]; minacia > menace [francês], amenaza [espanhol]).

Os últimos exemplos apresentados na dúvida colocada são diminutivos e apresentam dois sufixos distintos apostos à palavra ou ao radical. Nos casos de cão > cãozinho e de leão > leãozinho, leãozito, são utilizados os sufixos -zinho ou -zito. Nos casos de casa > casinha, casita e de vaso > vasito, aos radicais de cada uma das palavras foram acrescentados os sufixos -inho ou -ito e o -s- que aparece nestas palavras pertence ao radical e não ao sufixo diminutivo. Sobre os sufixos diminutivos, consulte ainda a resposta diminutivos (I).