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cerebralmente

cerebralmentecerebralmente | adv.
derivação de cerebralcerebral
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ce·re·bral·men·te ce·re·bral·men·te


(cerebral + -mente)
advérbio

De modo cerebral.


ce·re·bral ce·re·bral


(cérebro + -al)
adjectivo de dois géneros
adjetivo de dois géneros

1. Do cérebro ou a ele relativo.

2. Relativo ao intelecto ou à inteligência. = MENTAL

adjectivo de dois géneros e nome de dois géneros
adjetivo de dois géneros e nome de dois géneros

3. Que ou quem é muito racional, em detrimento da emoção ou dos sentimentos.

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Dúvidas linguísticas


Agradeço que esclareçam se as frases que se seguem estão correctas: 1 - Quem vai ao cinema é a Maria e o João. 2 - Quem vai ao cinema são a Maria e o João. Sempre pensei que a frase correcta fosse a segunda, tendo em conta que o sujeito está no plural e que o verbo deve concordar com o sujeito. No entanto, debati a questão com uma amiga e não conseguimos chegar a um consenso.
Considera-se mais correcta a frase Quem vai ao cinema são a Maria e o João.

A questão colocada diz respeito a uma frase que contém uma estrutura copulativa de identificação (equivalente a isto é aquilo [=Quem vai ao cinema são/é a Maria e o João]). Esta estrutura constitui uma das construções de clivagem possíveis em português (sobre este assunto, poderá consultar a Gramática da Língua Portuguesa, de MATEUS et al., 5.ª ed. Editorial Caminho, 2003, pp. 685 e seguintes), designada por construção pseudoclivada.

A frase em apreço (Quem vai ao cinema são/é a Maria e o João) é equivalente, do ponto de vista semântico e informativo, à frase A Maria e o João vão ao cinema, havendo um constituinte que é posto em destaque através de uma oração subordinada relativa substantiva sem antecedente (Quem vai ao cinema). O pronome pessoal quem é um pronome de terceira pessoa do singular e obriga o verbo a concordar com ele dentro da oração subordinada - no caso em análise trata-se da forma do presente do indicativo (vai) do verbo ir (sobre quem como sujeito da oração, poderá consultar também as respostas sou eu quem e fui eu quem).

Toda a oração subordinada constitui por sua vez o predicativo do sujeito da oração subordinante, com uma inversão da ordem canónica da frase:
[Quem vai ao cinema]Predicativo do sujeito [são/é]Verbo copulativo [a Maria e o João]Sujeito.
A identificação do sujeito e do predicativo do sujeito pode ser feita com a retoma do sujeito da frase A Maria e o João vão ao cinema e com a pronominalização do predicativo do sujeito através do pronome demonstrativo invariável o (ex.: A Maria e o João são-no; *Quem vai ao cinema é-o). Sobre os testes de identificação do sujeito e do predicativo do sujeito, poderá ainda consultar a Gramática da Língua Portuguesa, de MATEUS et al., pp. 281-284 e pp. 290-292.

A ordem canónica da frase será então:
[A Maria e o João]Sujeito [são/é]Verbo copulativo [quem vai ao cinema]Predicativo do sujeito.
Assim é possível verificar que a concordância verbal com o sujeito composto (a Maria e o João = eles) está correcta e é preferencial (Quem vai ao cinema são a Maria e o João), pois respeita a regra geral de concordância com sujeitos compostos, não havendo motivo para a concordância com o predicativo do sujeito (*A Maria e o João é quem vai ao cinema = Quem vai ao cinema é a Maria e o João).

A concordância dos verbos copulativos é problemática em português, motivo pelo qual a frase Quem vai ao cinema é a Maria e o João pode ser considerada gramatical, se se considerar que nesse caso o verbo concorda com o predicativo do sujeito em posição pós-verbal (sobre este assunto, pode consultar também a resposta verbo predicativo ser), mas dificilmente um falante poderá considerar gramatical a substituição do sujeito composto pelo pronome pessoal correspondente (*Quem vai ao cinema é eles).




Gostaria de saber porque na palavra "raiz" não se usa o acento agudo no i, como, por exemplo, na palavra "país". São duas palavras com hiato a-i. E depois, no plural o acento aparece- raízes. Qual é a diferença?
Nas palavras raiz e país há, de facto, o mesmo hiato a-i, mas, apesar de aparentemente se tratar do mesmo contexto ortográfico, correspondem a regras ortográficas diferentes, pois a consoante que segue esse hiato é diferente, o que corresponde a pontos diferentes do Acordo Ortográfico.

Trata-se de pequenas diferenças, que justificam, por exemplo, uma diferença de acentuação gráfica entre o singular raiz e o plural raízes, mas a ortografia é mesmo um conjunto de regras convencionadas e artificiais.

Assim, em raiz, aplica-se o ponto 2.º da base X do Acordo Ortográfico, pois trata-se de um -i- tónico antecedido de uma vogal com a qual forma um hiato, seguido de um -z que faz parte da mesma sílaba:
“As vogais tónicas/tônicas grafadas i e u das palavras oxítonas e paroxítonas não levam acento agudo quando, antecedidas de vogal com que não formam ditongo, constituem sílaba com a consoante seguinte, como é o caso de nh, l, m, n, r e z: bainha, moinho, rainha; adail, paul, Raul; Aboim, Coimbra, ruim; ainda, constituinte, oriundo, ruins, triunfo; atrair, demiurgo, influir, influirmos, juiz, raiz, etc.”

Em país ou em raízes, aplica-se o ponto 1.º da base X do Acordo Ortográfico, pois trata-se de um -i- tónico antecedido de uma vogal com a qual forma um hiato, mas que em país é seguido de um -s que faz parte da mesma sílaba e que em raízes é seguido de um -z que faz parte da sílaba seguinte:
“As vogais tónicas/tônicas grafadas i e u das palavras oxítonas e paroxítonas levam acento agudo quando antecedidas de uma vogal com que não formam ditongo e desde que não constituam sílaba com a eventual consoante seguinte, excetuando o caso de s: adaís (pl. de adail), , atraí (de atrair), baú, caís (de cair), Esaú, jacuí, Luís, país, etc.; alaúde, amiúde, Araújo, Ataíde, atraíam (de atrair), atraísse (id.), baía, balaústre, cafeína, ciúme, egoísmo, faísca, faúlha, graúdo, influíste (de influir), juízes, Luísa, miúdo, paraíso, raízes, recaída, ruína, saída, sanduíche, etc.”

As referências acima são do Acordo Ortográfico de 1990, mas este ponto não sofreu nenhuma alteração em relação ao Acordo Ortográfico de 1945, para o português europeu, ou ao Formulário Ortográfico de 1943, para o português do Brasil.


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Palavra do dia

fa·le·na |ê|fa·le·na |ê|


(grego fálaina, -as ou fállaina, -as, espécie de lagarta)
nome feminino

[Entomologia]   [Entomologia]  Designação dada a várias espécies de borboletas nocturnas da família dos geometrídeos.

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in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021, https://dicionario.priberam.org/cerebralmente [consultado em 31-05-2023]