A forma
vincarespode ser [segunda pessoa singular do futuro do conjuntivo de
vincarvincar] ou
[segunda pessoa singular infinitivo flexionado de
vincarvincar].
Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
Quero saber quando empregar viagem com "G" e viajem com "J" e suas respectivas explicações...
A grafia com g (viagem) corresponde ao substantivo feminino (ex: dormiu durante toda a viagem; reservamos os bilhetes de avião numa agência de viagens), que pode ser sinónimo de passeio, percurso. A grafia com j (viajem) corresponde à terceira pessoa do plural do presente do conjuntivo (ou subjuntivo, no Brasil) do verbo viajar (ex.: espero que eles viajem em segurança), também usada para formar a terceira pessoa do plural do imperativo (ex.: não viajem para essa zona do país).
De facto, é possível
identificar neste vocábulo as palavras distintas que lhe deram origem – os
substantivos ponta e pé – sem que nenhuma delas tenha sido
afectada na sua integridade fonológica (em alguns casos pode haver uma adequação
ortográfica para manter a integridade fonética das palavras simples, como em
girassol, composto de gira + s + sol. Se não houvesse
essa adequação, a palavra seria escrita com um s intervocálico (girasol)
a que corresponderia o som /z/ e as duas palavras simples perderiam a sua
integridade fonética e tratar-se-ia de um composto aglutinado). Daí a
denominação de composto por justaposição, uma vez que as palavras apenas se
encontram colocadas lado a lado, com ou sem hífen (ex.: guarda-chuva, passatempo,
pontapé).
O mesmo não se passa com os compostos por aglutinação, como
pernalta (de perna + alta), por exemplo, cujos elementos se
unem de tal modo que um deles sofre alterações na sua estrutura fonética. No
caso, o acento tónico de perna subordina-se ao de alta, com
consequências, no português europeu, na qualidade vocálica do e, cuja
pronúncia /é/ deixa de ser possível para passar à vogal central fechada
(idêntica à pronúncia do e em se). Note-se ainda que as
palavras compostas por aglutinação nunca se escrevem com hífen.
Sobre este
assunto, poderá ainda consultar o cap. 24 da Gramática da Língua Portuguesa,
de Maria Helena Mira MATEUS, Ana Maria BRITO, Inês DUARTE, Isabel Hub FARIA et
al. (5.ª ed., Editorial Caminho, Lisboa, 2003), especialmente as pp. 979-980.