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arrepiemos

A forma arrepiemospode ser [primeira pessoa plural do imperativo de arrepiararrepiar] ou [primeira pessoa plural do presente do conjuntivo de arrepiararrepiar].

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arrepiararrepiar
( ar·re·pi·ar

ar·re·pi·ar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo e pronominal

1. Levantar ou levantarem-se os cabelos ou o pêlo. = ENCRESPAR, ERIÇAR, RIÇAR


verbo transitivo, intransitivo e pronominal

2. Causar ou sentir arrepios. = HORRIPILAR

3. Causar ou sentir horror. = HORRIPILAR


verbo transitivo

4. Provocar relevo ou ondulação numa superfície. = ARREGAÇAR, ENRUGAR

5. Riçar; eriçar.


verbo intransitivo

6. [Caça] [Caça] Erguer, a caça ferida, o voo e cair logo morta.

7. [Regionalismo] [Regionalismo] Salgar levemente (ex.: arrepiar o peixe).

etimologiaOrigem etimológica:latim horripilo, -are, ter o pêlo eriçado.

arrepiemosarrepiemos

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Dúvidas linguísticas



As palavras sobre as quais que tenho dúvidas são rentabilidade e rendibilidade. Eu penso que rentabilidade não existe, pois esta palavra refere-se a rendimento e não a rentimento. Ou seja, não se deveria dizer rentabilidade, mas sim rendibilidade. Sei que no vosso site, também tem a designação para a palavra rentabilidade e associam-na a rendibilidade, no entanto gostava de vos perguntar se realmente esta palavra existe, e, se existe, se sempre existiu, ou se só existe desde o novo acordo da língua portuguesa.
As palavras a que se refere estão atestadas em diversos dicionários de língua portuguesa, ainda que os puristas pelejem pela exclusão de rentabilidade em favor de rendibilidade. No entanto, parece ser indiscutível a primazia das formas rentável / rentabilidade (aquelas que alguns consideram galicismos) sobre rendível / rendibilidade (as consideradas correctas), como se pode comprovar, por exemplo, em buscas feitas em páginas da Internet escritas em Português. Certa para uns, errada para outros, a palavra rentabilidade aparece registada já em dicionários do final do século passado (cf. Antônio Geraldo da Cunha, Dicionário Etimológico Nova Fronteira da Língua Portuguesa, Rio de Janeiro, 1982 [1.ª e 2.ª impressões] - Id., 2.ª ed., 1986).



Na frase: Nós convidámo-vos, o pronome é enclítico, o que obriga à omissão do -s final na desinência -mos ao contrário do que o V. corrector on-line propõe: Nós convidamos-vos, o que, certamente, é erro. Nós convidamos-vos, Nós convidámos-vos, Nós convidamo-vos, Nós convidámo-vos: afinal o que é que está correcto?
A forma nós convidámos-vos encontra-se correcta, tal como é verificado pelo FLiP on-line.

A forma *nós convidámo-vos corresponde a um erro muito frequente dos utilizadores da língua, por analogia com o uso enclítico do pronome nos (como em nós convidámo-nos); apesar de aparentemente semelhantes, estes dois casos correspondem a contextos diferentes que determinaram a grafia actual. Em casos como nós convidámo-nos, estamos perante a terminação da primeira pessoa do plural -mos, seguida do clítico nos; estas duas terminações são quase homófonas, pelo que a língua encontrou uma forma de as dissimilar ou diferenciar, num fenómeno designado “dissimilação das sílabas parafónicas” por Martins de Aguiar, citado por CUNHA e CINTRA na Nova Gramática do Português Contemporâneo (Ed. João Sá da Costa, 1998, p. 318). No caso de nós convidámos-vos não há necessidade de dissimilação, pelo que a grafia deverá incluir o -s final da desinência da primeira pessoa do plural.

Relativamente ao uso dos clíticos e às alterações ortográficas que estes implicam quando se seguem à forma verbal (ênclise), pode dizer-se que não há qualquer alteração ortográfica com os pronomes pessoais átonos que são complemento indirecto (me, te, lhe, vos, lhes), excepto com o pronome nos, que provoca a já referida redução da forma verbal da desinência da primeira pessoa do plural (de *-mos-nos para -mo-nos). A este respeito, veja-se o anexo relativo aos verbos no Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (Círculo de Leitores, 2002) ou 12 000 verbes portugais et brésiliens - Formes et emplois (“Collection Bescherelle”, Paris, Hatier, 1993), duas das poucas obras de referência que explicitamente referem este fenómeno.

Em relação aos clíticos de complemento directo (o, a, os as), quando há ênclise apresentam alteração para -lo, la, -los, -las se se seguirem a forma verbal terminada em -r, -s ou -z ou ao advérbio eis, sendo que há redução da forma verbal (ex.: convidá-lo, convidamo-las, di-lo, ei-la), por vezes com necessidade de acentuação gráfica (ver também outra dúvida sobre este assunto em escreve-lo e escrevê-lo). Se a forma verbal terminar em nasal (ex.: convidam, convidaram), o pronome enclítico altera-se para -no, -na, -nos, -nas (ex.: convidam-no, convidaram-nas).

As construções *nós convidamo-vos e *nós convidámo-vos estão então incorrectas, pois não há motivo para retirar o -s à terminação da primeira pessoa do plural quando seguida do clítico vos. No português europeu, as construções nós convidamos-vos e nós convidámos-vos estão ambas correctas, distinguindo-se apenas pelo tempo verbal. A primeira corresponde ao presente do indicativo (ex.: Hoje convidamos-vos para uma visita às grutas) e a segunda ao pretérito perfeito do indicativo (ex.: Ontem convidámos-vos para um passeio de barco).