Dicionário Priberam Online de Português Contemporâneo
Dicionário Priberam da Língua Portuguesa
Este site utiliza cookies. Ao continuar no site está a consentir a sua utilização. Saiba mais...
pub
pub
pub
pub
pub

coerias

2ª pess. sing. pret. imperf. ind. de coerircoerir
Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!

co·e·rir co·e·rir

- ConjugarConjugar

verbo intransitivo

1. Fazer coesão.

2. Aderir reciprocamente.

pub

Parecidas

Anagramas

Esta palavra no dicionário

Ver mais

Dúvidas linguísticas


Qual é a frase correcta: conforme a nossa conversa ou conforme nossa conversa?
Ambas as expressões citadas estão correctas, sendo que a única diferença entre elas é a presença do artigo definido (a) antes do determinante possessivo (nossa).

Não há nada na língua portuguesa que obrigue à presença do artigo definido antes de determinante ou pronome possessivo (ex.: as pessoas têm cada vez mais electrodomésticos em suas casas / as pessoas têm cada vez mais electrodomésticos nas [em + as] suas casas), mas a ausência de artigo definido é estatisticamente mais frequente no português do Brasil.




Na frase "...o nariz afilado do Sabino. (...) Fareja, fareja, hesita..." (Miguel Torga - conto "Fronteira") em que Sabino é um homem e não um animal, deve considerar-se que figura de estilo? Não é personificação, será animismo? No mesmo conto encontrei a expressão "em seco e peco". O que quer dizer?
Relativamente à primeira dúvida, se retomarmos o contexto dos extractos que refere do conto “Fronteira” (Miguel Torga, Novos Contos da Montanha, 7ª ed., Coimbra: ed. de autor, s. d., pp. 25-36), verificamos que é o próprio Sabino que fareja. Estamos assim perante uma animalização, isto é, perante a atribuição de um verbo usualmente associado a um sujeito animal (farejar) a uma pessoa (Sabino). Este recurso é muito utilizado por Miguel Torga neste conto para transmitir o instinto de sobrevivência, quase animal, comum às gentes de Fronteira, maioritariamente contrabandistas, como se pode ver por outras instâncias de animalização: “vão deslizando da toca” (op. cit., p. 25), “E aquelas casas na extrema pureza de uma toca humana” (op. cit., p. 29), “a sua ladradela de mastim zeloso” (op. cit., p. 30), “instinto de castro-laboreiro” (op. cit., p. 31), “o seu ouvido de cão da noite” (op. cit., p. 33).

Quanto à segunda dúvida, mais uma vez é preciso retomar o contexto: “Já com Isabel fechada na pobreza da tarimba, esperou ainda o milagre de a sua obstinação acabar em tecidos, em seco e peco contrabando posto a nu” (op. cit. p.35). Trata-se de uma coocorrência privilegiada, resultante de um jogo estilístico fonético (a par do que acontece com velho e relho), que corresponde a uma dupla adjectivação pré-nominal, em que o adjectivo seco e o adjectivo peco qualificam o substantivo contrabando, como se verifica pela seguinte inversão: em contrabando seco e peco posto a nu. O que se pretende dizer é que o contrabando, composto de tecidos, seria murcho e enfezado.

pub

Palavra do dia

bos·ca·gem bos·ca·gem


(provençal boscatge)
nome feminino

1. Conjunto de árvores e plantas espessas. = BOSQUE, FLORESTA, MATA

2. [Artes plásticas]   [Artes plásticas]  Representação de arvoredo (ex.: as paredes estavam ornadas de boscagens).

pub

Mais pesquisadas do dia



in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021, https://dicionario.priberam.org/coerias [consultado em 21-03-2023]