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ESTREARAS

debute | n. m.

Acto ou efeito de debutar....


entrança | n. f.

Entrada; princípio; estreia; entrância....


estreante | adj. 2 g. | n. 2 g.

Que estreia....


estreia | n. f.

Acto de estrear ou estrear-se....


plumitivo | n. m. | adj.

Jornalista ou escritor, geralmente de má qualidade....


reestreia | n. f.

Primeira vez que se faz ou apresenta alguma coisa depois de uma larga interrupção ou em outro lugar ou em outras circunstâncias....


antestreia | n. f.

Apresentação de um filme ou de um espectáculo antes da sua estreia oficial....


Apresentação de um filme ou de um espectáculo antes da sua estreia oficial....


pré-estreia | n. f.

Apresentação de um filme ou de um espectáculo antes da sua estreia oficial....


première | n. f.

Primeira apresentação pública de um filme ou de um espectáculo....


estriado | adj. | n. m.

Em forma de estria....


debutar | v. intr.

Iniciar-se numa carreira ou actividade....


encetar | v. tr. | v. pron.

Cortar o primeiro pedaço de uma coisa inteira (ex.: ainda não encetámos o bolo)....


reestrear | v. tr., intr. e pron.

Fazer ou apresentar alguma coisa pela primeira vez depois de uma larga interrupção ou em outro lugar ou noutras circunstâncias (ex.: vamos reestrear este trabalho; a peça reestreia no novo teatro; a companhia vai reestrear-se)....


tietar | v. tr. e intr.

Agir como tiete, demonstrando ostensivamente admiração incondicional (ex.: tietou os actores na estreia do filme; dei a minha opinião, sem tietar)....


estrear | v. tr. | v. tr., intr. e pron. | v. tr. e pron.

Usar pela primeira vez (ex.: estrear uma peça de roupa; estrear um carro)....




Dúvidas linguísticas



Sou de Recife e recentemente tive uma dúvida muito forte ao pensar sobre uma palavra: xexeiro, checheiro ou seixeiro (não sei na verdade como se escreve e se tem, realmente, uma forma correta). Essa palavra é usada para dizer quando uma pessoa é "caloteiro", mau pagador. Em Recife é comum ouvir isso das pessoas: fulano é um "xexeiro". Gostaria de saber de onde surgiu esse termo. Fiquei pensando o seguinte: seixo é uma pedra dura e lisa e quando uma pessoa está com pouco dinheiro dizem que ela está "lisa" ou "dura". Então na verdade o certo seria seixeiro. Essa é a minha dúvida.
A forma correcta é seixeiro, que, segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, deriva mesmo de seixo, “calote”, acepção que o referido dicionário também regista como regionalismo nordestino.



Das seguintes, que forma está correcta? a) Noventa por cento dos professores manifestaram-se. b) Noventa por cento dos professores manifestou-se.
A questão que nos coloca não tem uma resposta peremptória, originando muitas vezes dúvidas quer nos falantes quer nos gramáticos que analisam este tipo de estruturas.

João Andrade Peres e Telmo Móia, na sua obra Áreas Críticas da Língua Portuguesa (Lisboa, Editorial Caminho, 1995, pp. 484-488), dedicam-se, no capítulo que diz respeito aos problemas de concordância com sujeitos de estrutura de quantificação complexa, à análise destes casos com a expressão n por cento seguida de um nome plural. Segundo eles, nestes casos em que se trata de um numeral plural (ex.: noventa) e um nome encaixado também plural (professores), a concordância deverá ser feita no plural (ex.: noventa por cento dos professores manifestaram-se), apesar de referirem que há a tendência de alguns falantes para a concordância no singular (ex.: noventa por cento dos professores manifestou-se). Nos casos em que a expressão numeral se encontra no singular, a concordância poderá ser realizada no singular (ex.: um por cento dos professores manifestou-se) ou no plural, com o núcleo nominal encaixado (ex.: um por cento dos professores manifestaram-se). Há, no entanto, casos, como indicam os mesmos autores, em que a alternância desta concordância não é de todo possível, sendo apenas correcta a concordância com o núcleo nominal que segue a expressão percentual (ex.: dez por cento do parque ardeu, mas não *dez por cento do parque arderam).

Face a esta problemática, o mais aconselhável será talvez realizar a concordância com o nome que se segue à expressão "por cento", visto que deste modo nunca incorrerá em erro (ex.: noventa por cento dos professores manifestaram-se, um por cento dos professores manifestaram-se, dez por cento da turma reprovou no exame, vinte por cento da floresta ardeu). De acordo com Evanildo Bechara, na sua Moderna Gramática Portuguesa (Rio de Janeiro: Editora Lucerna, 2002, p. 566), esta será também a tendência mais comum dos falantes de língua portuguesa.


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