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ensaio

A forma ensaiopode ser [primeira pessoa singular do presente do indicativo de ensaiarensaiar] ou [nome masculino].

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ensaioensaio
( en·sai·o

en·sai·o

)


nome masculino

1. Acto de ensaiar. = ENSAIAMENTO

2. Prova, experiência ou tentativa de alguma coisa (ex.: isto não correu bem, mas foi só um primeiro ensaio).

3. Exercício para adestrar ou treinar.

4. Repetição, teste ou estudo de peça de teatro, de ópera, de música, de cena de filme, etc.

5. Experiência ou operação metódica para analisar determinada substância, descrever ou testar um corpo ou as suas características ou para verificar a adequação ou capacidade de algo (ex.: ensaio bioquímico; ensaio clínico; ensaio de dureza). = TESTE

6. Texto em prosa, geralmente não muito longo, cujo tema o autor pretende tratar, de forma analítica, especulativa ou interpretativa, mas não de forma exaustiva (ex.: ensaio crítico; ensaio literário).

7. Obra ou conjunto de obras que trata determinado tema sem contudo pretender ser exaustivo (ex.: ensaio fotográfico; ensaio visual).

8. [Figurado] [Figurado] Notícia falsa que se faz propalar para ver como o público aceitará um facto da mesma espécie, mas de maior importância.

9. [Desporto] [Esporte] Cada uma das tentativas a que tem direito um atleta em algumas disciplinas de atletismo (ex.: ensaio nulo; ensaio válido; prescindiu do terceiro ensaio do triplo salto; último ensaio do lançamento do peso).

10. [Desporto] [Esporte] No râguebi, acção de levar a bola e a colocar no chão atrás da linha da baliza adversária e que vale 5 pontos.

11. [Ourivesaria] [Ourivesaria] Prova do ouro ou da prata para lhes reconhecer os quilates.

12. [Portugal: Douro] [Portugal: Douro] [Náutica] [Náutica] Vão entre duas cavernas nos barcos do Douro.


ensaio geral

Último ensaio antes da estreia ou da apresentação pública de uma peça de teatro ou de outro espectáculo.

etimologiaOrigem etimológica: latim tardio exagium, -ii, pesagem, peso.
Colectivo:Coletivo:Coletivo:ensaística.
ensaiar1ensaiar1
( en·sai·ar

en·sai·ar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Pôr à prova; fazer testes a (ex.: ainda estão a ensaiar a nova máquina). = EXPERIMENTAR, TESTAR

2. Examinar o peso, os quilates ou o valor de objectos de ouro, prata ou de outros metais preciosos.

3. Fazer uma tentativa ou uma experiência. = EXPERIMENTAR, TENTAR


verbo transitivo e intransitivo

4. Fazer repetições, testes ou estudo para aperfeiçoar uma representação, uma coreografia, uma apresentação ou qualquer desempenho final perante um público, uma audiência, um júri ou uma gravação (ex.: ensaiar uma peça de teatro; antes das audições, ensaiou afincadamente).


verbo transitivo e pronominal

5. Fazer preparação ou treino para determinado fim ou objectivo (ex.: o professor anda a ensaiar os alunos para a prova; terei de me ensaiar para o concurso). = ADESTRAR, APRIMORAR, EXERCITAR, INSTRUIR, PREPARAR, TREINAR


não se ensaiar

[Portugal] [Portugal] Agir com rapidez ou segurança, sem hesitação ou pudor (ex.: ela não se ensaia em nos deixar uma hora à espera; não se ensaiavam nada para aplicar penas corporais).

etimologiaOrigem etimológica: ensaio + -ar.
ensaiar2ensaiar2
( en·sai·ar

en·sai·ar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. [Regionalismo] [Regionalismo] Vestir com saia.


verbo intransitivo

2. [Regionalismo] [Regionalismo] Arregaçar a saia, apertando-a com cinta nos quadris.

etimologiaOrigem etimológica: en- + saia + -ar.
ensaioensaio

Auxiliares de tradução

Traduzir "ensaio" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



Como se escreve, em números, um milhão? Com pontos, sem pontos e com espaços ou sem pontos e sem espaços? 1.000.000, 1 000 000 ou 1000000?
Não há qualquer norma ortográfica para o uso de um separador das classes de algarismos (unidades, milhares, milhões, etc.) ou para o separador das casas decimais, pois o Acordo Ortográfico de 1945 e o Acordo Ortográfico de 1990 (os textos legais reguladores da ortografia portuguesa) são omissos.

Há várias opiniões sobre o assunto e a maioria dos livros de estilo (veja-se, a título de exemplo, o texto disponibilizado pelo jornal Público no seu Livro de Estilo, artigo "Números", ponto 1.), prontuários e consultores linguísticos para o português defende o uso do ponto a separar as classes de algarismos (ex.: 1.000.000) e da vírgula para separar a parte inteira da parte decimal (ex.: 100,5).

Como se trata de uma questão de metrologia, mais do que de ortografia, a resolução n.º 10 (https://www.bipm.org/fr/CGPM/db/22/10/) da 22.ª Conferência Geral de Pesos e Medidas (Paris, 12 - 17 de Outubro de 2003) organizada pelo Bureau International des Poids et Mesures, em que Portugal participou, é importante e pode contribuir para a uniformização nesta questão (esta resolução apenas reforça a resolução n.º 7 [https://www.bipm.org/fr/CGPM/db/9/7/] da 9.ª Conferência ocorrida em 1948, que apontava no mesmo sentido): o símbolo do separador decimal poderá ser a vírgula ou o ponto (sobretudo nos países anglo-saxónicos e em teclados de computadores e calculadoras); apenas para facilitar a leitura, os números podem ser divididos em grupos de três algarismos (que correspondem às classes das unidades, milhares, milhões, etc.), a contar da direita, mas estes grupos não devem nunca ser separados por pontos ou por vírgulas (ex.: 1 000 000,5 ou 1 000 000.5 e não 1.000.000,5 ou 1,000,000.5).

Por respeito pelas convenções internacionais e por uma questão de rigor (é fácil de concluir que a utilização do ponto ou da vírgula para separar as classes de algarismos num número que contenha casas decimais pode gerar equívocos), é aconselhável não utilizar outro separador para as classes de algarismos senão o espaço (ex.: 1000000 ou 1 000 000).




Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.