Tenho uma dúvida em relação ao emprego ou não do hífen na palavra
dessincronizar. A palavra escrita deste modo lê-se /de-ssin-cro-ni-zar/ e
normalmente ouve-se pronunciar /des-sin-cro-ni-zar/. Ou seja, o prefixo des-
normalmente não perde a sua autonomia quando pronunciado. Neste caso não se
devia também usar o hífen? Ou será que o termo dessincronizado é
normalmente mal pronunciado, separando-se os dois ss?
A aglutinação do prefixo des- à palavra seguinte não obriga à pronúncia /s/.
Aliás, os poucos dicionários que fazem a transcrição fonética das palavras às
quais dão entrada registam /des-sin-cro-ni-zar/ e não /de-ssin-cro-ni-zar/.
Gostaria de saber a etimologia e significado da palavra Fontoura, que, ao que sei, para além de nome é igualmente uma localidade nas Astúrias. E ainda a etimologia de Gouveia, igualmente nome próprio e localidade.
De acordo com o Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa, da autoria de José Pedro Machado (Lisboa, Livros Horizonte, 2003), o topónimo Fontoura, que dá o nome a localidades nas regiões de Carrazeda de Ansiães, Ílhavo, Lamego, Ponte de Lima, Resende, Valença, Vila do Conde, Vila Nova de Gaia, Vila Verde e Galiza, terá origem no latim Fonte Aurea, que significa “fonte dourada”.
O topónimo Gouveia, com ocorrência em Portugal e no Brasil, é de origem
incerta, mas José Pedro Machado põe a hipótese de estar relacionado com o
antropónimo Gaudila.
Os apelidos Fontoura e Gouveia terão origem nos respectivos
topónimos.