Em reconhecimento ao serviço público e gratuito de qualidade que vocês prestam , estou reportando um erro encontrado no vosso serviço de conjugação . No Subjuntivo , vocês têm "que eu fosse /que tu fosses ..." e "se eu for /se tu fores ...", quando o correto , visto noutro conjugador , é "se eu fosse /se tu fosses ..." e "quando eu for /quando tu fores ...".
É comum os conjugadores apresentarem , nos tempos do subjuntivo (ou conjuntivo , no português europeu ), conjunções como que , quando ou se para indicar que este modo verbal expressa uma condição ou hipótese . Com as naturais alterações no contexto , nenhuma dessas conjunções pode ser considerada errada , nem nenhuma delas é obrigatória (ex .: achou que ele fosse perfeito ; se ele fosse perfeito , não seria humano ; se /quando ela for embora , eu também vou ). Uma professora minha disse que nunca se podia colocar uma vírgula entre o sujeito e o verbo . É verdade ?
Sobre o uso da vírgula em geral , por favor consulte a dúvida
vírgula antes da conjunção e . Especificamente sobre a questão colocada ,
de facto , a indicação de que não se pode colocar
uma vírgula entre o sujeito e o verbo é verdadeira . O uso da vírgula , como o da
pontuação em geral , é complexo , pois está intimamente ligado à decomposição
sintáctica , lógica e discursiva das frases . Do ponto de vista lógico e
sintáctico , não há qualquer motivo para separar o sujeito do seu predicado (ex .:
* o rapaz [ SUJEITO ] , comeu [ PREDICADO ]; * as
pessoas que estiveram na exposição [ SUJEITO ] ,
gostaram muito [ PREDICADO ]; o asterisco indica agramaticalidade ).
Da mesma forma , o verbo não deverá ser separado dos complementos obrigatórios
que selecciona (ex .: * a casa é [ Verbo ] , bonita [ PREDICATIVO
DO SUJEITO ]; * o rapaz comeu [ Verbo ] , bolachas
e biscoitos [ COMPLEMENTO DIRECTO ]; * as pessoas gostaram
[ Verbo ] , da exposição [ COMPLEMENTO
INDIRECTO ]; * as crianças ficaram [ Verbo ] ,
no parque [ COMPLEMENTO ADVERBIAL OBRIGATÓRIO ]). Pela mesma
lógica , o mesmo se aplica aos complementos seleccionados por substantivos (ex .
* foi a casa , dos avós ), por adjectivos (ex .: *estava
impaciente , por sair ) ou por advérbios ( *lava as mãos antes ,
das refeições ), que não deverão ser separados por vírgula da palavra que os
selecciona .
Há , no entanto , alguns contextos em que pode haver entre o sujeito e o verbo uma estrutura sintáctica separada por vírgulas , mas apenas no caso de essa estrutura poder ser isolada por uma vírgula no início e no fim . Estes são normalmente os
casos de adjuntos nominais (ex .: o rapaz , menino muito magro , comeu muito ),
adjuntos adverbiais (ex .: o rapaz , como habitualmente , comeu muito ),
orações subordinadas adverbiais (ex .: as pessoas que estiveram na exposição ,
apesar das más condições , gostaram muito ), orações subordinadas relativas explicativas (ex .: o rapaz , que até não tinha fome ,
comeu muito ).