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cozeduras

al dente | loc.

Com tempo de cozedura de forma a apresentar firmeza ou alguma resistência quando o alimento é mordido (ex.: massa al dente; mergulhe em água fervente com sal e coza al dente)....


ramequim | n. m.

Pequeno recipiente de cerâmica, utilizado para cozedura no forno....


xima | n. f.

Pasta espessa que resulta da cozedura da farinha de milho ou de mandioca, muito usada na alimentação moçambicana....


chima | n. f.

Pasta espessa que resulta da cozedura da farinha de milho ou de mandioca, muito usada na alimentação moçambicana (ex.: chima com matapa)....


melhorante | n. m.

Aditivo alimentar, usado para alterar as propriedades de farinhas e massas e a sua qualidade da cozedura nas indústrias da panificação e da pastelaria....


cozedura | n. f.

Acto ou efeito de cozer....


cozimento | n. m.

Acto ou efeito de cozer....


panela | n. f.

Recipiente cilíndrico, geralmente metálico, com asas, de altura variável, usado para cozinhar alimentos....


consomê | n. m.

Caldo, geralmente de carne ou peixe, apurado por uma longa cozedura....


cachão | n. m.

Conjunto de bolhas da água fervente....


enchacotar | v. tr.

Dar a primeira cozedura à louça que há-de ser vidrada....


japonesar | v. tr.

Dar feição ou hábitos de japonês a....


geleia | n. f.

Extracto mucilaginoso de frutas ou carnes que, pelo resfriamento, adquire consistência branda e tremulante....


chacota | n. f.

Mofa; troça; zombaria; gracejo....


enchacota | n. f.

Primeira cozedura da cerâmica que há-de ser vidrada....


massa | n. f. | adj. 2 g. | n. f. pl.

Farinha diluída num líquido, formando pasta....


mel | n. m.

Substância espessa e doce, amarelada ou acastanhada, produzido pelas abelhas a partir do néctar das flores e armazenado nos favos....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Das seguintes, que forma está correcta? a) Noventa por cento dos professores manifestaram-se. b) Noventa por cento dos professores manifestou-se.
A questão que nos coloca não tem uma resposta peremptória, originando muitas vezes dúvidas quer nos falantes quer nos gramáticos que analisam este tipo de estruturas.

João Andrade Peres e Telmo Móia, na sua obra Áreas Críticas da Língua Portuguesa (Lisboa, Editorial Caminho, 1995, pp. 484-488), dedicam-se, no capítulo que diz respeito aos problemas de concordância com sujeitos de estrutura de quantificação complexa, à análise destes casos com a expressão n por cento seguida de um nome plural. Segundo eles, nestes casos em que se trata de um numeral plural (ex.: noventa) e um nome encaixado também plural (professores), a concordância deverá ser feita no plural (ex.: noventa por cento dos professores manifestaram-se), apesar de referirem que há a tendência de alguns falantes para a concordância no singular (ex.: noventa por cento dos professores manifestou-se). Nos casos em que a expressão numeral se encontra no singular, a concordância poderá ser realizada no singular (ex.: um por cento dos professores manifestou-se) ou no plural, com o núcleo nominal encaixado (ex.: um por cento dos professores manifestaram-se). Há, no entanto, casos, como indicam os mesmos autores, em que a alternância desta concordância não é de todo possível, sendo apenas correcta a concordância com o núcleo nominal que segue a expressão percentual (ex.: dez por cento do parque ardeu, mas não *dez por cento do parque arderam).

Face a esta problemática, o mais aconselhável será talvez realizar a concordância com o nome que se segue à expressão "por cento", visto que deste modo nunca incorrerá em erro (ex.: noventa por cento dos professores manifestaram-se, um por cento dos professores manifestaram-se, dez por cento da turma reprovou no exame, vinte por cento da floresta ardeu). De acordo com Evanildo Bechara, na sua Moderna Gramática Portuguesa (Rio de Janeiro: Editora Lucerna, 2002, p. 566), esta será também a tendência mais comum dos falantes de língua portuguesa.


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