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Cabiam

descabido | adj.

Que não tem cabimento ou razão de ser....


desazado | adj.

Que não tem cabimento ou não é oportuno....


escolado | adj.

Que tem esperteza ou experiência....


Relativo a catedral (ex.: cabido catedralício, museu catedralício)....


A.E.I.O.U. | sigla

Sigla da legenda simbólica da casa imperial da Áustria....


arregaçada | n. f.

Quantidade que cabe no regaço....


chapeirada | n. f.

Porção que pode caber num chapéu....


cónega | n. f.

Religiosa de cabido regular....


cónego | n. m.

Clérigo que pertence a um cabido....


chávena | n. f.

Recipiente com uma pega, onde se serve leite, chá ou qualquer outra bebida....


pele | n. f.

Membrana que forma a superfície externa do corpo dos animais....


sabido | adj. | n. m. pl.

Conhecido....


xícara | n. f.

Pequeno recipiente para tomar chá ou outra bebida (ex.: o café era servido em xícara de porcelana)....


cabidela | n. f.

Conjunto formado pelas extremidades e miudezas de aves....


assimptota | n. f.

Linha recta disposta em relação a uma ramificação infinita de curva, de modo que a distância de um ponto da curva a esta recta tende para zero quando o ponto se afasta indefinidamente sobre a curva....


manojo | n. m.

Molho ou porção que cabe na mão....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Meia voz ou meia-voz? Nas buscas que fiz encontrei meia voz usado comummente em Portugal e meia-voz usado no Brasil.
O registo lexicográfico não é unânime no registo de palavras hifenizadas (ex.: meia-voz) versus locuções (ex.: meia voz), como se poderá verificar pela consulta de algumas obras de referência para o português. Assim, podemos observar que é registada a locução a meia voz, por exemplo, no Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo GONÇALVES (Coimbra: Coimbra Editora, 1966), no Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa (Lisboa: Editorial Verbo, 2001), no Novo Dicionário Aurélio (Curitiba: Editora Positivo, 2004); esta é também a opção do Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, na entrada voz. Por outro lado, a palavra hifenizada meia-voz surge registada no Dicionário Houaiss (Lisboa: Círculo de Leitores, 2002).

Esta falta de consenso nas obras lexicográficas é consequência da dificuldade de uso coerente do hífen em português (veja-se a este respeito a Base XV do Acordo Ortográfico de 1990 ou o texto vago e pouco esclarecedor da Base XXVIII do Acordo Ortográfico de 1945 para a ortografia portuguesa). Um claro exemplo da dificuldade de registo lexicográfico é o registo, pelo Grande Dicionário da Língua Portuguesa (Porto: Porto Editora, 2004), da locução a meia voz no artigo voz a par do registo da locução a meia-voz no artigo meia-voz.


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